A concepção mítica perpetuada no sertão de Inhamuns: uma leitura do espaço e do tempo no conto “A espera da volante”, de Ronaldo Correia de Brito

Autores

  • Érica Alves Rossi Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Três Lagoas, Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v46i3.1562

Palavras-chave:

Ronaldo Correia de Brito, regionalismo, conto, espaço, mito

Resumo

O presente artigo faz uma análise do conto “A espera da volante”, de Ronaldo Correia de Brito, publicado no livro Faca (2009), a partir das categorias narrativas de espaço e de tempo e seu engendramento na construção das personagens. Buscou-se compreender como as três categorias, aliando-se a uma concepção mítica, filiam tal produção a uma compreensão do sertão consagrada com Guimarães Rosa, ao mesmo tempo em que se mostra contemporânea à nova ficção regionalista brasileira.

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Biografia do Autor

Érica Alves Rossi, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Três Lagoas, Mato Grosso do Sul

Mestre em Estudos Literários pela UNESP - Araraquara. Doutoranda em Estudos Literários pela UFMS - Três Lagoas. Integra o quadro permanente de professores do IFSP - Câmpus de Birigui.

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Publicado

21-11-2017

Como Citar

Rossi, Érica A. (2017). A concepção mítica perpetuada no sertão de Inhamuns: uma leitura do espaço e do tempo no conto “A espera da volante”, de Ronaldo Correia de Brito. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 46(3), 1058–1072. https://doi.org/10.21165/el.v46i3.1562

Edição

Seção

Literatura Brasileira