A configuração discursiva exuzesca em Jorge Amado: linguagem encruzilhada
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v52i2.3661Resumo
Examinam-se neste artigo os diferentes procedimentos de figurativização no romance Capitães da Areia, de Jorge Amado (1937), à luz da Semiótica discursiva de linha francesa, recorte do trabalho de Ribeiro (2022). A dispersão da figuratividade determina o horizonte sócio-histórico e ideológico do discurso; concretiza os esquemas semionarrativos e cria efeitos de realidade, iconicidade e novidade estética. Começa por examinar uma lógica de dupla estigmatização social dos sujeitos em situação de rua. Em seguida, mostra-se uma configuração discursiva exuzesca, mediada pela carnavalização e por equivalências semânticas entre Exu e os meninos em situação de rua. Nosso objetivo é discutir como esses elementos temático-figurativos perpassam uma dimensão religiosa assentada no Brasil-Terreiro.
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