Especificidades do primeiro romance gaúcho: um estudo de A divina pastora

Autores

  • Ivânia Campigotto Aquino

Palavras-chave:

romance gaúcho, literatura brasileira, crítica literária.

Resumo

A literatura brasileira é marcada por romances que representam fatos históricos do país ocorridos em épocas diversas. No caso específico do Rio Grande do Sul, a relação com a história se apresenta como um projeto contínuo da ficção. Essa relação surge já no primeiro romance gaúcho: A divina pastora, do escritor Caldre e Fião, publicado em 1847 e com estudo crítico ainda muito limitado. No trabalho ora proposto, apresenta-se um estudo dessa obra, com os objetivos de relatar sua trajetória no contexto literário brasileiro, analisar o discurso do narrador e investigar a transposição de fatos históricos para a narrativa ficcional. Caldre e Fião escreveu A divina pastora numa época em que o romance ainda principiava como gênero no Brasil. Por essa razão, encontra-se um estilo bastante distanciado do que se verifica na evolução da escritura
dos romances. Dentre as características do estilo, há a inclusão insistente de notas de rodapé a explicar vocábulos próprios da linguagem gaúcha, situações e comportamentos peculiares ao povo, particularidades da terra, do clima, do relevo, fatos históricos. Isso confere uma estrutura didática ao romance, sem deixar de mergulhar, efetivamente, no universo ficcional.

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Publicado

04-04-2016

Como Citar

Aquino, I. C. (2016). Especificidades do primeiro romance gaúcho: um estudo de A divina pastora. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 42(3), 1292–1304. Recuperado de https://revistas.gel.org.br/estudos-linguisticos/article/view/932

Edição

Seção

Literatura Brasileira