Particularidades linguísticas: análise do auto de denúncia de Joana Gil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v49i3.2725

Palavras-chave:

filologia, paleografia, diacríticos

Resumo

O presente trabalho abordará as análises realizadas em documento do Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo. O manuscrito é um auto de denúncia contra Joana Gil, que, além do panorama histórico-social, apresenta aspectos linguísticos da escrita do Brasil Colônia, cuja análise pontual verificará o uso e recorrência dos sinais diacríticos agudo (´), til (~). A partir da análise paleográfica dos escribas Manoel Paes Graçia, Fabio Campos de Abreu Nogueira, Manoel Vaz e de Antonio Xavier de Mattos, buscamos elucidar os fenômenos etimológicos e variações morfológicas presentes no português brasileiro praticado na escrita dos manuscritos eclesiásticos do século XVIII. Como se trata de manuscrito elaborado dentro do âmbito eclesiástico, marcas de uma escrita secular são hipóteses para as práticas dos escribas, bem como a adoção de determinados usos. A partir disso, apresentamos as considerações acerca das tentativas de estabelecimento de formas ou parâmetros de utilização dos diacríticos.

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Publicado

17-12-2020

Como Citar

Belleza Negro, H. de O. (2020). Particularidades linguísticas: análise do auto de denúncia de Joana Gil. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 49(3), 1200–1214. https://doi.org/10.21165/el.v49i3.2725

Edição

Seção

Artigos