Particularidades linguísticas: análise do auto de denúncia de Joana Gil
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v49i3.2725Keywords:
filologia, paleografia, diacríticosAbstract
O presente trabalho abordará as análises realizadas em documento do Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo. O manuscrito é um auto de denúncia contra Joana Gil, que, além do panorama histórico-social, apresenta aspectos linguísticos da escrita do Brasil Colônia, cuja análise pontual verificará o uso e recorrência dos sinais diacríticos agudo (´), til (~). A partir da análise paleográfica dos escribas Manoel Paes Graçia, Fabio Campos de Abreu Nogueira, Manoel Vaz e de Antonio Xavier de Mattos, buscamos elucidar os fenômenos etimológicos e variações morfológicas presentes no português brasileiro praticado na escrita dos manuscritos eclesiásticos do século XVIII. Como se trata de manuscrito elaborado dentro do âmbito eclesiástico, marcas de uma escrita secular são hipóteses para as práticas dos escribas, bem como a adoção de determinados usos. A partir disso, apresentamos as considerações acerca das tentativas de estabelecimento de formas ou parâmetros de utilização dos diacríticos.
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