Discurso delirante na esquizofrenia e o efeito de estranhamento
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v50i1.3079Palavras-chave:
delírio, linguagem na esquizofrenia, análise do discurso, neurolinguística.Resumo
Este trabalho tem como objetivo analisar o delírio, juízos falsos que têm origem patológica (JASPERS, 1968), através de sua manifestação discursiva, materializada na forma de enunciados ou narrativas. Dessa forma, apresentaremos a questão através de discussões teóricas e análise de dados obtidos por entrevista com um sujeito diagnosticado com esquizofrenia, que ilustra o discurso delirante. A pesquisa, de natureza qualitativa (DAMICO, 1999), é subsidiada pelo paradigma microgenético de análise (GÓES, 2000). Os resultados mostram que o discurso delirante se constitui como um fenômeno que altera a relação que o sujeito estabelece entre os signos, os seus sentidos e as referências, de modo que haja a violação de princípios semânticos e pragmáticos, o que torna esse discurso algo considerado bizarro e inverossímil ou, como nos referimos no trabalho, cause no interlocutor o chamado efeito de estranhamento (GATI, 2017).Downloads
Referências
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