Três momentos do roman à clef na literatura brasileira: uma leitura a partir do cronotopo bakhtiniano

Autores

  • Pauliane Amaral Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v45i3.635

Palavras-chave:

espaço, literatura brasileira, Mikhail Bakhtin, tempo, teorias da narrativa.

Resumo

Esse trabalho toma como ponto de partida o ensaio “Formas de tempo e de cronotopo do romance” (1937-1938), de Mikhail Bakhtin, para esboçar uma genealogia do roman à clef a partir da análise de romances brasileiros pertencentes a diferentes momentos de nossa história literária: Recordações do Escrivão Isaías Caminha (1909), de Lima Barreto; O inferno é aqui mesmo (1979), de Luiz Vilela; e Chá das cinco com o vampiro (2010), de Miguel Sanches Neto.

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Biografia do Autor

Pauliane Amaral, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Possui graduação em Comunicação Social pela UFMS e mestrado em Estudos de Linguagens pela mesma intituição. Atualmente é doutoranda em letras na UFMS/CPTL.

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Publicado

29-11-2016

Como Citar

Amaral, P. (2016). Três momentos do roman à clef na literatura brasileira: uma leitura a partir do cronotopo bakhtiniano. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 45(3), 1217–1232. https://doi.org/10.21165/el.v45i3.635

Edição

Seção

Literatura Brasileira