A queda da máscara pelo não dito no discurso linguístico: Pacheco, segundo o ato perlocutivo de Fradique Mendes
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v47i3.1976Palabras clave:
atos de fala, carta Ao Sr. E. Mollinet, linguagemResumen
A estrutura de um texto direciona a sua leitura, pois ele é uma trama cujos fios se laçam e vão formando um desenho. A carta Ao Sr. E. Mollinet, na Correspondência de Fradique Mendes, de Eça de Queiroz (s/d), instiga o leitor a procurar teóricos e teorias. A nossa escolha recaiu em Austin (1962) e Searle (1969). Suas obras How to do things with words e Speech acts, respectivamente, foram os olhares e a teoria direcionados para a leitura da referida carta, que nos permitiu desmascará-la pelo não dito do discurso linguístico, segundo a Teoria dos Atos de Fala. O texto de Austin consta de doze leituras que enfatizam os verbos performativos e constatativos; os atos locucionários e perlocucionários presentes na linguagem ordinária, fundamentados na filosofia britânica analítica. Parece-nos ser a ideia de que a linguagem deve ser tratada essencialmente como fonte de ação e não representação da realidade. “Eu casualmente conheci Pacheco”, é o texto gerador da carta de Fradique Mendes, resposta ao Sr. E. Mollinet. Aí começam os primeiros traços da máscara de Pacheco, tão bem estruturada pelos atos performativos. Segundo Searle (1969, p. 16), “tomar o texto como uma mensagem, é tomá-lo como um texto produzido ou emitido.”.Descargas
Citas
AUSTIN, J. L. How to do things with words. Oxford: At The Clarendon Press, 1962.
AUSTIN, J. L. Quando dizer é fazer. Tradução de Danilo Marcondes de Souza Filho. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
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