Condições de violação de transparência
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v45i1.862Parole chiave:
estratégias de relativização, transparência, opacidade, gramática funcional.Abstract
A noção de transparência diz respeito à relação consistentemente biunívoca entre forma e significado, situação extrema que, na realidade, não se aplica integralmente às línguas do mundo. Um arcabouço teórico adequado para avaliar as condições de violação de transparência é o da Gramática Discursivo-Funcional por ser organizada em níveis e camadas, cada qual com suas próprias unidades. O objetivo deste trabalho é examinar as estratégias de relativização disponíveis no português para discutir se as condições de violação de transparência se aplicam às interfaces entre os níveis pragmático e semântico, por um lado, e entre esses dois níveis e os dois níveis formais, o morfossintático e o fonológico, por outro.Downloads
Riferimenti bibliografici
BACELAR DO NASCIMENTO, M. F. Corpora comparáveis e variação lexical nas variedades africanas do português. Alfa, 50 (2), p.189-204, 2006.
BYBEE, J. L. Morphology. A study of the relation between meaning and form. Amsterdam: John Benjamins, 1985. 235 p.
COMRIE, B. Language universals and linguistic typology. Oxford: Blackwell, 1989. 264 p.
CROFT, W. Typology and Universals. 2nd edition. Cambridge: Cambridge University Press, 2001, 311 p.
CROFT, W.; CRUSE, D. A. Cognitive linguistics. Cambridge: Cambridge University Press, 2004. 376 p.
DIK, S. C. The theory of Functional Grammar. HENGEVELD, K. (ed.). Berlin: Mouton de Gruyter, 1997. Part II: Complex and Derived Constructions. 474 p.
DU BOIS, J. Competing motivations. In: HAIMAN, J. (ed.). Iconicity in syntax. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins, 1985. p. 43-65.
GIVÓN, T. Iconicity, isomorphism and non arbitrary coding in syntax. In: HAIMAN, J. (ed.). Iconicity in Syntax. Amsterdam: John Benjamins, 1985. p. 187-219.
HAIMAN, J. The iconicity of grammar: isomorphism and motivation. Language, 56 (3), p. 515-540, 1980.
HAIMAN, J. Iconic and economic motivation. Language, 59 (4), p. 781-819, 1983.
HAIMAN, J. Natural syntax. Iconicity and erosion. Cambridge: Cambridge University Press, 1985. 285 p.
HASPELMATH, M. Frequency vs. iconicity in explaining grammatical asymmetries. Cognitive Linguistics, 19, p. 1-33, 2008.
HENGEVELD, K. Introduction: Transparency in Functional Discourse Grammar. Linguistics in Amsterdam. (Special issue: Transparency in Functional Discourse Grammar), 4(2), p. 1-22, 2011.
HENGEVELD, K.; MACKENZIE, J. L. Functional Discourse Grammar. A typologically-based theory of language structure. Oxford: Oxford University Press, 2008. 503 p.
KATO, M. A. Orações relativas: variação universal e variação individual no português. Estudos Linguísticos, 5, p. 1-16, 1981.
KEENAN, E. Relative clauses. In: SHOPEN, T. (ed.). Language typology and syntactic description. v. 2. Complex Constructions. Cambridge: University Press, 1985. p. 141-170.
KEENAN, E.; COMRIE, B. Noun phrase accessibility and universal grammar. Linguistic Inquiry, 8, p. 63-99, 1977.
LANGACKER, R. W. Syntactic reanalysis. In: LI, C. (ed.). Mechanisms of syntactic change. Austin: University of Texas Press, 1977. p. 56-139.
LANGACKER, R. W. Cognitive grammar: A basic introduction. Oxford: Oxford University Press, 2008. 584 p.
LEUFKENS, S. Transparency in language. A typological study. 2014. 179 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade de Amsterdã, Amsterdã.
MOLLICA, M. C. Estudo da cópia em relativas em português. 1977. 183 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro.
NEVES, M. H. M. A gramática passada a limpo: conceitos, análises e parâmetros. São Paulo: Parábola, 2012. 280 p.
SAUSSURE, F. de. Curso de Linguística Geral. São Paulo Cultrix, 1977[1916]. 279 p.
SONG, J. S. Linguistic typology. Morphology and syntax. London: Longmans, 2001. 406 p.
TARALLO, F. L. Relativization Strategies in Brazilian Portuguese. 1983. 274 f. Tese (Doutorado em Linguística) – University of Pennsylvania, Pennsylvania.