A paisagem, o ontem e o hoje na crônica de Drummond

Autores

  • Regina Célia dos Santos Alves Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina, Paraná, Brasil

Palavras-chave:

Carlos Drummond de Andrade, paisagem, crônica

Resumo

Carlos Drummond de Andrade é, reconhecidamente, um dos maiores poetas brasileiros do século passado, mas foi também um refinado prosador, sendo a escrita do conto, da crônica, da memória, da notícia uma atividade que o autor desenvolveu por toda a vida, paralelamente à escrita de poemas. Para o presente trabalho, partindo da perspectiva dos estudos da paisagem – esta concebida não apenas como espaço, mas como uma construção simbólica, o aspecto perceptível do espaço e que, portanto, está investido de valores, crenças, utopias, etc. –, o objetivo é a abordagem das crônicas “Vila de Utopia” e “Teatro daquele tempo”. Nelas, Drummond, ao revelar a intensidade da paisagem de Itabira que constrói – mostrada por meio de formas, cores, movimentos e sentimentos –, faz com que o espaço seja a expressão viva de um tempo, tanto presente quanto passado, e também uma espécie de retrato de um eu que vê e significa a paisagem representada.

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Publicado

11-03-2016

Como Citar

dos Santos Alves, R. C. (2016). A paisagem, o ontem e o hoje na crônica de Drummond. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 44(3), 1318–1331. Recuperado de https://revistas.gel.org.br/estudos-linguisticos/article/view/1059

Edição

Seção

Literatura Brasileira