Reescrita, subjetividade e atividade epilinguística
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v52i2.3666Resumo
Dedicamo-nos à análise de versões textuais produzidas por estudantes no contexto de um projeto de escrita. Tivemos por objetivos compreender estratégias que são mobilizadas na reescrita textual; depreender o que essas estratégias indiciam da subjetividade e do trabalho epilinguístico; e considerar implicações pedagógicas para o ensino-aprendizagem da escrita. Ancoramo-nos no paradigma indiciário (Ginzburg, 1989), método de caráter inferencial que, ao apresentar o vestígio como elemento de análise, fornece-nos base para interpretar mudanças na materialidade textual; e nos procedimentos de leitura e interpretação de manuscritos, apresentados pela Crítica Genética (Grésillon, 2007), que nos permitem traçar o percurso que vai da gênese à “versão final” de um texto. Observamos que os sujeitos, ao reescreverem seus textos, implicam-se em atividade epilinguística, por meio da qual operam com a linguagem (Franchi, 1991, 1992), lidam com o equívoco linguístico constitutivo (Lacan, 2008) e negociam sentidos (Geraldi, 2013).
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