Cobertura jornalística das "Jornadas de Junho": um estudo interdisciplinar

Autores

  • Marcos Rogério Martins Costas Universidade de São Paulo (USP), Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME/SP), São Paulo, São Paulo,

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v46i3.1522

Palavras-chave:

cobertura jornalística, Jornadas de Junho, interdisciplinaridade

Resumo

Este estudo objetiva investigar as estratégias discursivas da cobertura jornalística resultante das manifestações populares de rua ocorridas em junho de 2013, nomeadas de Jornadas de Junho. A perspectiva teórica desta pesquisa é interdisciplinar, uma vez que promove, principalmente, os pressupostos da semiótica francesa (GREIMAS; COURTÉS, 2008) e da filosofia bakhtiniana (BAKHTIN, 2006). Como corpus de análise, escolhemos duas reportagens publicadas por mídias impressas diferentes no dia 20 de junho de 2013: uma da Folha de São Paulo, outra de O Estado de São Paulo. A partir desse corpus, em um primeiro momento, distinguimos o gênero reportagem da noção de notícia e, a seguir, analisamos semioticamente como se construiu o ponto de vista sensível das estratégias enunciativas nas duas reportagens selecionadas. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcos Rogério Martins Costas, Universidade de São Paulo (USP), Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (SME/SP), São Paulo, São Paulo,

Doutorando em Semiótica e Linguística geral - FFLCH-USP, bolsista CNPq; Mestre em Linguística pelo programa de pós-graduação em Semiótica e Linguística geral da FFLCH-USP (2015); Graduação em Letras (bacharelado e licenciatura), nas habilitações de Português e Linguística pela Universidade de São Paulo (2012). Membro do Grupo de Estudos Semióticos da USP - GES-USP, desde 2009, e do Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo - GEL, desde 2010. Possui experiência em Língua Portuguesa, Linguística Geral, Semiótica, Análise do Discurso (AD-Francesa) e Estudos do Círculo de Bakhtin com ênfase na análise do conceito bakhtiniano de polifonia nos discursos da arte e da vida. Suas outras áreas de interesse são os Modelos de Ensino e Aprendizagem e as Novas Mídias.

Referências

ALTMAN, C. A pesquisa linguística no Brasil (1968-1988). 2. ed. São Paulo: Humanitas/FFLCH/USP, 2003.

ANDREW, J. et al. Brasil em jogo: o que fica da Copa e das Olimpíadas? São Paulo: Boitempo; Carta Maior, 2014.

BAKHTIN, M. M. Gêneros do discurso. In: ______. Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2006. p. 261-306.

BELTRÃO, L. Iniciação à filosofia do jornalismo. São Paulo: EDUSP, 1992.

BERGER, C.; MAROCCO, B. Reportagem. In: MARCONDES FILHO, C. (Org.). Dicionário da comunicação. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2014. p. 403-404.

DISCINI, N. O estilo nos textos: história em quadrinhos, mídia e literatura. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2009.

FIORIN, J. L. Linguagem e interdisciplinaridade. ALEA: Estudos neolatinos. Rio de Janeiro, v. 10, n. 1, p. 29-53, jan./jun. 2008. Disponível em: <http://www.redalyc.org/ pdf/330/33015778003.pdf>. Acesso em: 11 ago. 2016.

FONTANILLE, J. Point de vue: perception et signification. In: ______. Sémiotique et littérature: essais de méthode. Paris: PUF, 1999. p. 41-61.

______. Práticas semióticas: imanência e pertinência, eficiência e otimização. In: DINIZ, M. L. V. P.; PORTELA, J. C. (Org.). Semiótica e mídia: textos, práticas, estratégias. Bauru: UNESP/FAAC, 2008. p. 15-74.

FSP-FOLHA DE SÃO PAULO. Capa. Folha de São Paulo. 20 jun. 2013. Opinião, p. A1.

GAMA, P. et al. Milhares nas ruas obrigam Alckmin e Haddad a recuar. Folha de São Paulo, 20 jun. 2013, Cotidiano, p. C2-C3.

GOHN, M. da G. Teorias dos movimentos sociais. Paradigmas clássicos e contemporâneos. 11. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2014a.

_____. Manifestações de junho de 2013 no Brasil e praças dos indignados no mundo. Petrópolis: Vozes, 2014b.

______ (Org.). Movimentos sociais no início do século XXI: antigos e novos atores sociais. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2015.

GREIMAS, A. J.; COURTÉS, J. Dicionário de semiótica. Tradução de Alceu Dias Lima et al. São Paulo: Contexto, 2008.

MARCONDES FILHO, C. Notícia. In: ______ (Org.). Dicionário da comunicação. 2. ed. São Paulo: Paulus, 2014. p. 360-362.

MARQUES DE MELO, J. Gêneros jornalísticos na Folha de São Paulo. São Paulo: FDT, 1992.

NOBRE, M. Choque de democracia: razões da revolta. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

OESP – O ESTADO DE SÃO PAULO. Capa. O Estado de São Paulo, São Paulo, 20 jun. 2013a, Metrópoles, p. A1.

______. Festa e fúria. O Estado de São Paulo, São Paulo, 20 jun. 2013b, Metrópoles, p. A24-A25.

RABAÇA, C. A.; BARBOSA, G. G. Dicionário essencial de comunicação. Rio de Janeiro: Lexikon, 2014.

SECCO, L. As Jornadas de Junho. In: MARICATO, E. et al. Cidades Rebeldes: Passe livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil. São Paulo: Boitempo; Carta Maior, 2013. p. 71-78.

SOUSA, C. M. de (Org.). Jornadas de junho: repercussões e leituras. Campina Grande: EDUEPB, 2013.

WEBB, J. O design da fotografia. Tradução de Denis Fracalossi. São Paulo: Gustavo Gili Editora, 2014.

ZILBERBERG, C. Elementos da gramática tensiva. Tradução de Ivã Lopes, Luiz Tatit e Waldir Beividas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2011.

Downloads

Publicado

21-11-2017

Como Citar

Costas, M. R. M. (2017). Cobertura jornalística das "Jornadas de Junho": um estudo interdisciplinar. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 46(3), 1225–1241. https://doi.org/10.21165/el.v46i3.1522

Edição

Seção

Semiótica