A variabilidade inter e intra-sujeito no desenvolvimento fonológico de crianças gêmeas e não gêmeas

Autores

  • Maria de Fatima de Almeida Baia Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Vitória da Conquista, Bahia, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v46i2.1748

Palavras-chave:

templates, gêmeos, desenvolvimento fonológico

Resumo

Este é um estudo inicial e qualitativo a respeito da manifestação dos templates, isto é, rotinas articulatórias usadas para expansão do léxico, no desenvolvimento fonológico de uma criança não gêmea (L) e de duas crianças gêmeas (MG & BG) de 1;0 – 2;0 (total de 24 sessões). Após análise dos dados, verificou-se a manifestação de diferentes templates no desenvolvimento fonológico de cada criança gêmea e não gêmea. Surpreendentemente, as crianças gêmeas não mostraram o uso de uma mesma rotina articulatória, embora o mesmo contexto e ambiente estivessem sendo compartilhados pelas duas. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria de Fatima de Almeida Baia, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Vitória da Conquista, Bahia, Brasil

Professora da UESB na área de Linguística, anteriormente professora substituta na UNESP de Assis (2012-2013). É doutora (2013), mestre (2008) e bacharel (2006) em Linguística pela Universidade de São Paulo (USP). Realizou estágio sanduíche na University of York (Reino Unido). Atua principalmente nas seguintes áreas: fonologia, desenvolvimento de língua materna, desenvolvimento de língua estrangeira e psicolinguística. Coordena o GEDEF (Grupo de Estudos de Desenvolvimento Fonológico) na UESB e desenvolve pesquisa sobre desenvolvimento fonológico de crianças gêmeas, não gêmeas e bilíngues (adultos e crianças)

Referências

BAIA, M. F. A. O modelo prosódico inicial do português brasileiro: uma questão de metodologia? São Paulo: FFLCH/USP Produção Acadêmica Premiada, 2010.

_______. O papel do balbucio na formação dos templates. Estudos Linguísticos, 43(2),

p. 679-695, mai./ago. 2014.

BLOCH, O. Les premiers stades du langage de l’enfant. Journal de psychologie, 1921,18, 693-712.

DODD, B.; MCEVOY, S. Twin language or phonological disorder? Journal of child language, 21, p. 273-289, 1994.

FEE, J.; INGRAM, D. Reduplication as a strategy of phonological development. Journal of child language, 9, p. 41-54, 1982.

GERKEN, L. A metrical template account of children’s weak syllable omissions from multisyllabic words. Journal of child language, v. 21, p. 565-584, 1994.

_______. Language development. Arizona: Plural Publishing, 2009.

JAKOBSON, R. Child language, aphasia and phonological universals. Paris: Mouton, 1972 [1941].

_______. Why “mama” and “papa”? Selected writings, v. 1: phonological studies. The Hague: Mouton, 1962. p. 538-545.

JAKOBSON, R.; HALLE, M. Fundamentals of Language. Holanda: Mouton Publishers, 1980 [1956].

KELSO, J. A. S. Dynamical Patterns: The Self-Organization of Brain and Behavior. Cambridge: MIT Press, 1995.

LAGUNA, G. Speech: its function and development. New Haven: Yale University Press, 1927.

LEONARD, L. N.; NEWHOFF, M.; MESALAM, L. Individual differences in early child phonology. Applied Psycholinguistics, 1, p. 7-30, 1980.

LEWIS, M. M. Infant Speech: a study of the beginning of language. New York: Harcourt, Brace and Company, 1936.

MACWHINNEY, B. The CHILDES project: tools for analyzing talk. v. 1: transcriptions and programs. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, 2000.

OLIVEIRA-GUIMARÃES, D. Beyond early words: word template development in Brazilian Portuguese. In: VIHMAN, M.; KEREN-PORTNOY, T. (Org.). The emergence of Phonology: Whole-Word approaches, cross-linguistic evidence, Cambridge, 2012.

SANTOS, R. S. A aquisição prosódica do português brasileiro de 1 a 3 anos: padrões de palavra e processos de sândi externo. 2007. 214 f. Tese (Livre Docência em Linguística) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

SECCO, G. Criações lexicais em uma criança de 20 meses de idade. 1994. 203 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1994.

SMITH, C. E. Variation and similarity in the phonological development of French dizygotic twins: phonological bootstrapping towards segmental learning? York papers in Linguistics, v. 11, p. 74-87, 2011.

THELEN, E.; SMITH, L. B. A Dynamic Systems Approach to the Development of Cognition and Action. Cambridge, MA: MIT Press, 1994.

VIHMAN, M. M.; VELLEMAN, S. L. Phonetics and the origins of phonology. In: BURTON-ROBERTS, N.; CARR, P.; DOCHERTY, G. (Ed.). Phonological knowledge: its nature and status. Oxford: Oxford University Press, 2000. p. 305-339.

VIHMAN, M.; CROFT, W. Phonological development toward a “radical” templatic phonology. Linguistics, 45(4), p. 683-725, 2007.

WATERSON, N. Child phonology: a prosodic view. Journal of Linguistics, 7, p. 179-211, 1971. Publicado novamente em: WALTERSON, N. Prosodic Phonology: The theory and its application to language acquisition and speech processing. Newcastle upon Tyne: Grevatt & Grevatt, 1987.

WERNER, H.; KAPLAN, B. Symbols formation. Nova Iorque: Wiley and Hillsdale, NJ, 1963.

Downloads

Publicado

21-11-2017

Como Citar

Baia, M. de F. de A. (2017). A variabilidade inter e intra-sujeito no desenvolvimento fonológico de crianças gêmeas e não gêmeas. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 46(2), 493–504. https://doi.org/10.21165/el.v46i2.1748

Edição

Seção

Aquisição de Linguagem: L1