Registros de coda nasal no primeiro ano do ensino fundamental

Autores

  • Simone Rizzatto Albertini Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil http://orcid.org/0000-0003-1890-6014

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v46i2.1751

Palavras-chave:

coda nasal, sílaba, ortografia, língua portuguesa, ensino fundamental

Resumo

Neste estudo, busca-se traçar trajetos que possam ser típicos do processo de aquisição de escrita de sílabas com coda nasal do Português. Foram observados registros e não-registros da coda nasal em produções escritas ao longo do primeiro ano do Ensino Fundamental, em escola particular. Identificamos a tendência de os sujeitos grafarem sílabas CV não-convencionalmente (“AVK” para “avenca”) nas primeiras produções e passarem a registrar a sílaba CV (“BEGALA” para “bengala”), ainda no primeiro semestre do ano letivo. Já no segundo semestre, a tendência foi a de não haver registros de sílabas CV e haver registros não-convencionais da coda nasal (“CEN” para “quem”) que flutuam com registros convencionais dessa coda (“VENTO”). Ao final do primeiro ano letivo, todos os oito sujeitos analisados flutuam entre grafar e não grafar convencionalmente a coda nasal, evidenciando a aquisição da sílaba complexa, embora ainda não tenham dominado a convenção ortográfica do seu registro.

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Biografia do Autor

Simone Rizzatto Albertini, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil

Mestrado em Estudos Linguísticos

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Publicado

21-11-2017

Como Citar

Albertini, S. R. (2017). Registros de coda nasal no primeiro ano do ensino fundamental. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 46(2), 448–456. https://doi.org/10.21165/el.v46i2.1751

Edição

Seção

Aquisição da Escrita