Paisagem linguística como instrumento de políticas linguísticas em uma colônia de imigração suábia/alemã

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v45i2.652

Palavras-chave:

paisagem linguística, políticas linguísticas, políticas de identidade.

Resumo

Este trabalho objetiva demonstrar a paisagem linguística de uma colônia de imigração suábia/alemã do interior do Paraná, a fim de compreender a forma como as línguas presentes no local são disponibilizadas e representadas em espaços públicos da colônia. Além disso, entendendo a paisagem linguística como instrumento de política linguística, discutimos como esse instrumento atua sobre a construção da identidade étnica e linguística do grupo. Trata-se, portanto, de uma pesquisa qualitativa, de cunho etnográfico aos moldes da proposta de Blommaert (2010). O material coletado é analisado a partir da ótica teórico-metodológica proveniente do campo das Paisagens Linguísticas (BLOMMAERT, 2006, 2012, 2013; SHOHAMY, 2012), e de estudos sobre contextos plurilíngues (MAHER, 1996, 2010, 2013; ASSIS-PETERSON, 2008). 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adriana Dalla Vecchia, Universidade Estadual de Maringá

EStudos Linguísticos Linguística Aplicada Ensino e Aprendizagem de Línguas Sociolinguística Crítica Políticas Linguísticas

Referências

ASSIS-PETERSON, A. A. Como ser feliz no meio de anglicismos: processos transglóssicos e transculturais. Trab. Ling. Aplic., Campinas, 47(2), p. 323-340, jul./dez. 2008.

BLOMMAERT, J. A sociolinguistics of globalization. Cambridge University Press: 2010, 231 p.

BLOMMAERT, J. Chronicles of complexity: Ethnography, superdiversity, and linguistic landscapes. Bristol: Multilingual matters, 2012. 150 p.

BLOMMAERT, J. Further notes on sociolinguistic scales. London: Working Papers Urban Language & Literacies, 2006. 8 p.

BLOMMAERT, J.; MALY, I. Ethnographic linguistic landscape analysis and social change: A case study. Tilburg papers in culture studies. Paper 100, June 2014.

CAVALCANTI, M. C. Estudos sobre educação bilíngue e escolarização em contextos de minorias linguísticas no Brasil. DELTA, v. 15, p. 385-417, 1999.

CAVALCANTI, M. C. Línguas ilegítimas em uma visão ampliada de educação linguística. In: ZILLES, A. M. S.; FARACO, C. A. (org.). Pedagogia da variação linguística: língua, diversidade e ensino. São Paulo: Parábola, 2015. p. 287-302.

CENOZ, J.; GORTER, D. Linguistic Landscape as an additional source of input in second language acquisition, IRAL, International Review of Applied Linguistics in Language Teaching, 46, p. 257-276, 2008a.

CENOZ, J.; GORTER, D. Knowledge about language and linguistic landscape. In: CENOZ, J.; HORNBERGER, N. H. (eds). Encyclopedia of Language and Education, 2nd Edition, v. 6: Knowledge about Language, p. 1-13, 2008b.

CENOZ, J.; GORTER, D. Linguistic Landscape and Minority Languages. International Journal of Multilingualism. v. 3, n. 1, 2006.

DALLA VECCHIA, A. Políticas linguísticas na Colônia “alemã” de Entre Rios: o papel do Colégio Imperatriz Dona Leopoldina. 2013. 187 f. Dissertação (Mestrado em Linguagem, Identidade e Subjetividade.) – Universidade Estadual de Ponta Grossa, Pronta Grossa, 2013.

ELFES, A. Suábios no Paraná. Curitiba: Banco Lar Brasileiro S.A., 1971. 115 p.

HAMEL, R. E. Directos Linguísticos como Directos Humanos: debates e perspectivas. In: OLIVEIRA, G. M. (org.). Declaração Universal dos Direitos Linguísticos – Novas perspectivas em Políticas Linguísticas. Campinas: Mercado de Letras; Florianópolis: IPOL, 2003. p. 47-80.

JACQUEMET, M. Transidiomatic practices: Language and power in the age of globalization. Language & Communication, v. 25, Issue 3, p. 257-277, July 2005.

MAHER, T. M. Ser Professor Sendo Índio: Questões de Lingua(gem) e Identidade. 1996. 261 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas.

MAHER, T. M. Políticas linguísticas e políticas de identidade: currículo e representações de professores indígenas na Amazônia ocidental brasileira. Currículo sem Fronteiras, v. 10, n. 1, p. 33-48, jan./jun. 2010.

MAHER, T. M. Ecos de resistência: políticas linguísticas e línguas minoritárias no Brasil. In: NICOLAIDES, C. et al. (orgs.). Política e políticas linguísticas. Campinas: Pontes Editores, 2013. p.117-134.

OLIVEIRA, G. M. As línguas Brasileiras e os Direitos Linguísticos. In: OLIVEIRA, G. M. (org.). Declaração dos Direitos Linguísticos – Novas Perspectivas em Políticas Linguísticas. Campinas: Mercado de Letras, ALB; Florianópolis: IPOL, 2003. p. 7-12.

OLIVEIRA, K. P. O comportamento linguístico da comunidade de Entre Rios: identidade, prestígio e estigma linguístico. Ponta Grossa: UEPG, 2013. 60 p.

PERES, E. P. Aspectos da imigração italiana no Espírito Santo: a língua e cultura do Vêneto em Araguaia. Dimensões – Revista de História, v. 26, p. 44-59, 2011a.

PERES, E. P. Análise da vitalidade do vêneto em uma comunidade de imigrantes italianos no Espírito Santo. Revista (Con)textos linguísticos, Vitória, v. 5, p. 83-100, 2011b.

SHOHAMY, E. Linguística Landscape and Multilingualism. In: MARTIN-JONES, M.; BLACKLEDGE, A.; CREESE, A. (org.). The Routledge of Multilingualism. Londres/Nova Yorque: Routledge, 2012. p. 538-551.

STEIN, M. O oitavo dia: produção de sentidos identitários na Colônia Entre Rios-Pr. Guarapuava: UNICENTRO, 2011. 288 p.

VERTOVEC, S. Super-diversity and its implications. Ethnic and Racial Studies, v. 30, n. 6, p. 1024-1054, 2007.

Downloads

Publicado

29-11-2016

Como Citar

Dalla Vecchia, A. (2016). Paisagem linguística como instrumento de políticas linguísticas em uma colônia de imigração suábia/alemã. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 45(2), 638–650. https://doi.org/10.21165/el.v45i2.652

Edição

Seção

Políticas Linguísticas