Minhas mães, meus pais, minhas tias e meus tios: a teoria do parentesco como contribuição ao estudo das formas de tratamento nominais de Angola e de Moçambique

Autores

  • Sabrina Rodrigues Garcia Balsalobre Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Araraquara, São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v46i1.1542

Palavras-chave:

teoria do parentesco, sociopragmática, sistema de formas de tratamento nominais

Resumo

Neste estudo, propõe-se estabelecer um vínculo teórico entre o sistema de parentesco – contribuição da antropologia – e a perspectiva sociopragmática de estudos linguísticos, na medida em que ambas se preocupam com a eficiência da comunicação humana ao observarem a existência de regras culturais que regem os relacionamentos interpessoais. Assim sendo, o objetivo principal é observar a associação entre as formas de tratamento nominais utilizadas por falantes angolanos e moçambicanos à nomenclatura classificatória do parentesco, uma vez que uma mesma forma pode designar diferentes pessoas, aplicando-se a uma vasta gama de relações. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ACEVEDO, A. L. ?De vos, de tu, de usted? Las formas de tratamientos entre los jóvenes guatemaltecos. In: COUTO, L. R.; LOPES, C. R. dos S. As Formas de Tratamento em Português e em Espanhol: variação, mudança e funções conversacionais. Niterói: Editora da UFF, 2011. p. 411-422.

ADICHIE, C. N. Americanah. Tradução de Julia Romeu. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

BALSALOBRE, S. R. G. Fotografias como estratégia metodológica: perscrutando formas de tratamento pronominais brasileiras, moçambicanas e angolanas. LaborHistórico, Rio de Janeiro, 1 (1), p. 132-148, jan./jun. 2015.

CAUSSE-CATHCART, M. Mi vida, mi amor, mi corazón... formas de tratamiento en el habla de la ciudad de Santiago de Cuba. In: COUTO, L. R.; LOPES, C. R. dos S. As Formas de Tratamento em Português e em Espanhol: variação, mudança e funções conversacionais. Niterói: Editora da UFF, 2011. p. 61-78.

CENTRO DE ESTUDOS E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA DE ANGOLA (CEIC). Relatório Social de Angola (RSA) 2012. Universidade Católica de Angola (UCAN), Luanda, 2013.

FIRMINO, G. A questão linguística na África pós-colonial: o caso do português e das línguas autóctones em Moçambique. Texto editores: Maputo, 2006.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. III Recenseamento geral da população e habitação 2007: indicadores sócio-demográficos: Resultados definitivos – Maputo Cidade. Maputo, 2010.

______. III Recenseamento geral da população e habitação 2007: indicadores sócio-demográficos: Resultados definitivos – Moçambique. Maputo, 2010.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA. Inquérito Integrado sobre o Bem-estar da população (IBEP). Relatório de tabelas. v. II. Luanda, 2011.

KERBRAT-ORECCHIONI, C. Modelos de variação intraculturais e interculturais: as formas de tratamento nominais em francês. In: COUTO, L. R.; LOPES, C. R. dos S. As Formas de Tratamento em Português e em Espanhol: variação, mudança e funções conversacionais. Niterói: Editora da UFF, 2011. p. 19-46.

LÉVI-STRAUSS, C. As estruturas elementares do parentesco. Tradução de Mariano Ferreira. Petrópolis: Vozes, 1982.

______. A ideologia bipartida dos ameríndios. In: LÉVI-STRAUSS, C. A história de lince. Tradução de Beatriz Perrone-Moisés. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

LOPES, C. R. dos S.; RUMEU, M. C. de Brito. MARCOTULIO, L. L. O tratamento em bilhetes amorosos no início do século XX: do condicionamento estrutural ao sociopragmático. In.: COUTO, L. R.; LOPES, C. R. dos S. As Formas de Tratamento em Português e em Espanhol: variação, mudança e funções conversacionais. Niterói: Editora da UFF, 2011. p. 321-354.

MANJATE, T. M. A. A representação do poder nos provérbios tsonga. 2010. 216 f. Tese (Doutorado em Língua e Literatura Românica) – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, Lisboa, 2010.

MARIE, A. Filiação, consanguinidade, alianças matrimoniais: parentesco e filiação. In: _______. Os Domínios do Parentesco (filiação, aliança matrimonial, residência). Tradução de Ana Maria Bessa. Lisboa: Edições 70 (col. Perspectivas do Homem, n.º 2), 1978.

RADCLIFFE-BROWN, A. R. O estudo dos sistemas de parentesco. In: LARAIA, R. de B. Organização social. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1969.

RADCLIFFE-BROWN, A. R.; FORDE, D. Sistemas políticos africanos de parentesco e casamento. Tradução de Teresa Brandão. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1974.

SILVA, L. A. da. Cortesia e formas de tratamento. In: PRETI, D. (Org.). Cortesia verbal. São Paulo: Humanitas, 2008.

______. O senhor y você. Formas de tratamiento, cortesía y diversidad cultural en portugués. In: COUTO, L. R.; LOPES, C. R. dos S. As Formas de Tratamento em Português e em Espanhol: variação, mudança e funções conversacionais. Niterói: Editora da UFF, 2011. p. 307-320.

TIMBANE, A. A. A variação e a mudança lexical da língua portuguesa em Moçambique. 2013. 318 f. Tese (Doutorado em Linguística e Língua Portuguesa) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2013.

Downloads

Publicado

21-11-2017

Como Citar

Balsalobre, S. R. G. (2017). Minhas mães, meus pais, minhas tias e meus tios: a teoria do parentesco como contribuição ao estudo das formas de tratamento nominais de Angola e de Moçambique. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 46(1), 252–268. https://doi.org/10.21165/el.v46i1.1542

Edição

Seção

Línguas Indígenas e Africanas