Quem é/deve ser o professor da escola indígena: uma discussão introdutória

Autores

  • Letícia Fraga Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Ponta Grossa, Paraná, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v46i2.1754

Palavras-chave:

educação escolar indígena, formação de professores, políticas linguísticas

Resumo

Este texto tem o objetivo de apresentar uma discussão inicial sobre o perfil do professor da escola indígena, a partir do Referencial Curricular Nacional para Escolas Indígenas (RCNEI/BRASIL, 1998) e da realidade das escolas indígenas do estado do Paraná. Defende-se que, independentemente do considerado ideal pelo RCNEI, é preciso que os professores que atuam nessas instituições, indígenas ou não-indígenas, tenham formação inicial adequada para exercer seus papéis, garantindo uma “educação escolar bilíngue e intercultural aos povos indígenas” (BRASIL, 1996, Art. 78).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Letícia Fraga, Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Ponta Grossa, Paraná, Brasil

Mestre em Letras/Liguística pela UFSC e Doutora em Linguística pela UNICAMP

Referências

AMARAL, W. R. do. As trajetórias dos estudantes indígenas nas Universidades Estaduais do Paraná: sujeitos e pertencimentos. 2010. 594 f. Tese (Doutorado em Educação) – Setor de Educação, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2010.

AMARAL, W. R. do; FRAGA, L.; RODRIGUES, I. C. (Org.). Universidade para indígenas: a experiência do Paraná. v. 1. Rio de Janeiro: FLACSO, GEA; UERJ, LPP, 2016.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial da União, Brasília, 1988.

BRASIL. IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os indígenas no Censo Demográfico 2010. Primeiras considerações com base no quesito cor ou raça. Rio de Janeiro, 2012.

BRASIL. Lei n. 9394 de 20 de dezembro de 1996. Brasília, 1996. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf>. Acesso em: 16 set. 2016.

BRASIL. Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para Escolas Indígenas. Brasília: Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: <http://url20.ca/8PH>. Acesso em: 03 de jan. 2011.

CAVALCANTI, M. C. Estudos Sobre Educação Bilíngue Escolarização em Contextos de Minorias Linguísticas no Brasil. D.E.L.T.A., v. 15, p. 385-417, 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-44501999000300015&script=sci_arttext>. Acesso em: 03 de jan. 2011.

CORREA, D. A. Política linguística e o curso de licenciatura em Letras: um estudo inicial sobre o PEC-G. Linguagem em Foco, n. 1, v. 1, p. 39-52, 2010.

DALLA VECCHIA, A. Políticas linguísticas na colônia “alemã” de Entre Rios: o papel do Colégio Imperatriz Dona Leopoldina. 2013. 187 f. Dissertação (Mestrado em Linguagem, Identidade e Subjetividade) – Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, 2013.

DALLA VECCHIA, A.; FRAGA, L. A construção da identidade de grupo na colônia Entre Rios: práticas de letramento na Educação Infantil. Revista Interfaces, v. 3, p. 13-22, 2012.

FRAGA, L. Políticas linguísticas na formação do licenciado em letras: uma discussão introdutória. In: CORREA, D. A. (Org.). Política linguística e ensino de língua. Campinas: Pontes Editores, 2014. p. 45-58.

FRAGA, L.; TASSO, I. E. V. de S.; RODRIGUES, I. C.; AMARAL, W. R. do; NOVAK, M. S. J. Políticas afirmativas para populações indígenas no Paraná: da promulgação da Lei Estadual 13.134/2001 à proposta de elaboração de um curso de licenciatura e/ou pedagogia intercultural. Projeto submetido ao Edital de Convocação SECADI/SETEC/SESu/FNDE nº 02, de agosto de 2013. 2014.

FRAGA, L.; TASSO, I. E. V. S.; KASTELIC, E. S. D. A realidade linguística das comunidades indígenas do Paraná. In: AMARAL, W. R. do; FRAGA, L.; RODRIGUES, I. C. (Org.). Universidade para indígenas: a experiência do Paraná. v. 1. Rio de Janeiro: FLACSO/LPP-UERJ, 2016. p. 157-170.

GRUPIONI, L. D. B. Contextualizando o campo da formação de professores indígenas no Brasil. In. GRUPIONI, L. D. B. (Org.). Formação de professores indígenas: repensando trajetórias. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2006. p. 39-68.

KONDO, R. H. Representações e atitudes linguísticas na (re)construção da identidade indígena dos Guarani do pinhalzinho (Tomazina/PR): um estudo na escola “YVY PORÔ. 2013. 200 f. Dissertação (Mestrado em Linguagem, Identidade e Subjetividade) – Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, Paraná, 2013.

KRAMSCH, C. Why foreign language teachers need to have a multilingual outlook and what that means for their teaching practice. Muitas Vozes, Ponta Grossa, n. 1, v. 2,

p. 182, ago. 2012.

OLIVEIRA, G. M. de. O que quer a linguística e o que se quer da linguística – a delicada questão da assessoria linguística no movimento indígena. In: Cadernos Cedes 49 – Educação indígena e interculturalidade. CEDES, 2000.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Lei nº 13.134, de 18/04/2002. Reserva três vagas para serem disputadas entre os índios integrantes das sociedades indígenas paranaenses, nos vestibulares das universidades estaduais. In: Diário Oficial, n. 5969. Curitiba, 19/04/2002.

PINTO, J. P. Da língua-objeto à práxis linguística: desarticulações e rearticulações contra hegemônicas. Linguagem em foco: Revista do programa de pós-graduação em Linguística Aplicada da UECE, Fortaleza: EDUECE, v. 2, n. 2, p. 69-83, 2010.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA. RESOLUÇÃO CEPE Nº 014, DE 31 DE MARÇO DE 2015. Aprova novo projeto pedagógico do curso de licenciatura em Letras português/inglês, da UEPG. Disponível em: <http://www.uepg.br/cepe/atosoficiais/2015/014.pdf>. Acesso em: 30 set. 2016.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA. RESOLUÇÃO CEPE Nº 015, DE 31 DE MARÇO DE 2015. Aprova novo projeto pedagógico do curso de licenciatura em Letras português/francês, da UEPG. Disponível em: <http://www.uepg.br/cepe/atosoficiais/2015/015.pdf>. Acesso em: 30 set. 2016.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA. RESOLUÇÃO CEPE Nº 016, DE 31 DE MARÇO DE 2015. Aprova novo projeto pedagógico do curso de licenciatura em Letras português/espanhol, da UEPG. Disponível em: <http://www.uepg.br/cepe/atosoficiais/2015/016.pdf>. Acesso em: 30 set. 2016.

Downloads

Publicado

21-11-2017

Como Citar

Fraga, L. (2017). Quem é/deve ser o professor da escola indígena: uma discussão introdutória. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 46(2), 505–515. https://doi.org/10.21165/el.v46i2.1754

Edição

Seção

Educação Linguística e Multiculturalismo