Padrões morfossintáticos da inferência e da dedução em língua portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v49i1.2694Parole chiave:
evidencialidade, inferência, dedução, Gramática Discursivo-FuncionalAbstract
A evidencialidade é utilizada para indicar a fonte da informação contida em um enunciado ou o meio pelo qual essa informação foi obtida. A Gramática Discursivo-Funcional, teoria que embasou este estudo, reconhece diferentes subtipos desse fenômeno, dois dos quais interessaram a este trabalho: a inferência, que é um raciocínio assentado no conhecimento interno do falante; e a dedução, que é um cálculo mental baseado em evidências perceptuais. O objetivo deste estudo foi verificar se há marcas morfossintáticas distintas para a codificação dos dois subtipos em língua portuguesa. Os dados indicam que a inferência apresenta mais possibilidades de expressão do que a dedução, já que esta é codificada apenas em relações de complementação e justaposição, e aquela, além dessas duas, é também expressa por modificação e parentetização.
Downloads
Riferimenti bibliografici
AIKHENVALD, A. Y. A Grammar of Tariana, from Northwest Amazonia. Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
HAAN, F. Encoding speaker perspective: evidentials. In: FRAJZYNGIER, Z.; HODGES, A.; ROOD, D. (ed.). Linguistic diversity and language theories. Amsterdam: Benjamins, 2005. p. 379-397.
HATTNHER, M. M. D. The interaction between tense and evidentials of event perception and deduction in Brazilian Native languages. In: MACKENZIE, J. L.; OLBERTZ, H. (ed.). Casebook in Functional Discourse Grammar. Amsterdam: John Benjamins, 2013. p. 39-66.
HASSLER, G. Epistemic modality and evidentiality and their determination on a deictic basis: the case of Romance languages. In: DIEWALD, G.; SMIRNOVA, E. (ed.). Linguistic Realization of Evidentiality in European Languages. Berlin/Nova York: Walter de Gruyter, 2010. p. 223-248.
HENGEVELD, K.; HATTNHER, M. M. D. Four Types of Evidentiality in the Native Languages of Brazil. Linguistics, v. 53, n. 3, p. 479-524, 2015.
HENGEVELD, K.; FISCHER, R. Episodes, New Topics and Conditionals in A’ingae. 2018. Disponível em: http://www.keeshengeveld.nl. Acesso em: 15 jan. 2019.
HENGEVELD, K.; FISCHER, R.; GRANDIS, S. A’ingae (Cofán/Kofán) Operators. Open Linguistics, v. 4, p. 328-355, 2018.
HENGEVELD, K.; MACKENZIE, L. Functional Discourse Grammar. A typologically-based theory of language structure. Oxford: Oxford University Press, 2008.
KAPP-BARBOSA, A. M. Usos do verbo saber e a expressão da evidencialidade no português brasileiro. 2017. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos) – Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São José do Rio Preto, 2017.
SARDINHA, T. B.; MOREIRA FILHO, J. L.; ALAMBERT, E. Corpus Brasileiro. São Paulo: CEPRIL, LAEL, CNPq, Fapesp, PUCSP. 2010.
SILVA, V. H. S. A expressão lexical da dedução e da inferência em língua portuguesa: uma análise discursivo-funcional. 2020. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) – Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São José do Rio Preto, 2020.
TRAMPUS, M.; NOVAK, B. The Internals Of An Aggregated Web News Feed. Proceedings of 15th Multiconference on Information Society. 2012.
VENDRAME, V. Os verbos ver, ouvir e sentir e a expressão da evidencialidade em língua portuguesa. 2010. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos) – Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São José do Rio Preto, 2010.
VENDRAME-FERRARI, V. Orações complexas com verbos de percepção como forma de expressão da evidencialidade. Estudos Linguísticos, v. 41, n. 1, p. 101-115, jan./abr. 2012.