CRENÇAS E ATITUDES LINGUÍSTICAS: A VARIANTE RETROFLEXA NA VARIEDADE RIO-PRETENSE

Autores

  • Aline Vassoler Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos – Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas-UNESP, 15054-000 – São José do Rio Preto-SP, Brasil.
  • Roberto Gomes Camacho Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.21165/gel.v13i2.1426

Palavras-chave:

rótico, teste de atitude, teste de crença, variante de prestígio, variante estigmatizada, r-retroflexo

Resumo

A pronúncia retroflexa do rótico em coda silábica, uma variante estigmatizada pelos falantes de outras variedades, identifica a chamada variedade caipira em que se inclui São José do Rio Preto. Para examinar se esse traço característico é também estigmatizado na variedade rio-pretense, avaliou-se, neste trabalho, o grau de prestígio ou de estigmatização dessa variante em comparação a outras duas pronúncias possíveis: o tepe alveolar e a fricativa velar, no contexto seguinte de /a/, /i/ e /u/. O procedimento metodológico incluiu uma gravação de 27 enunciados contendo essas três realizações à qual se aplicou, em seguida, testes de atitude e de crença linguística a dois grupos de informantes de Ensino Fundamental, um da rede pública e outro da rede particular e um grupo de informantes de Ensino Superior. Os resultados do teste de crença apontaram que, especificamente em contexto vocálico de /i/, não houve homogeneidade nas respostas dos três grupos. Nos resultados do teste de atitude, os informantes de ensino superior atribuíram notas mais altas que os informantes do ensino fundamental à pronúncia de tepe. No geral, os resultados mostraram que, apesar de a retroflexa constituir um traço identificador da variedade caipira, é a variante tepe que os informantes atribuem maior grau de prestígio

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Biografia do Autor

Aline Vassoler, Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos – Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas-UNESP, 15054-000 – São José do Rio Preto-SP, Brasil.

Doutora em Estudos Linguísticos - Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos – Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas-UNESP, 15054-000 – São José do Rio Preto-SP, Brasil.

Roberto Gomes Camacho, Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), São José do Rio Preto, São Paulo, Brasil

Tem graduação em Licenciatura em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1973), mestrado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (1978), doutorado em Linguistica e Língua Portuguesa pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1984), pós-doutorado em Gramática Funcional pela Universidade de Amsterdã (2005),  Livre-Docência pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2009) e pós-doutorado em Gramática Discursivo-Funcional pelo Instituto de Linguística Teórica e Computacional de Lisboa (2011). Atualmente é Professor Adjunto  da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, onde atua, na Graduação e na Pós-Graduação, nas linhas de pesquisa em Descrição Funcional de Língua Oral e Escrita e em Variação e Mudança Linguística. Publicou os livros "Classes de Palavras na Perspectiva Discursivo-Funcional. O papel da nominalização no continuum categorial" em 2011 pela Editora da UNESP, "Da linguística formal à linguística social" em 2013 pela Editora Parábola e "Estratégias de relativização e construções alternativas nas línguas indígenas do Brasil", em parceria com Gabriela Maria de Oliveira pela Editora Cultura Acadêmica da UNESP, em 2013.  Foi coordenador da área de linguística da  FAPESP de 2006 a 2013 e Coordenador do Projeto de Pesquisa "Gramática do Português" da ALFAL de 2005 a 2015. Tem experiência nas áreas de Teoria e Análise Linguística e Sociolinguística e Dialetologia.  É atualmente bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq e Editor Responsável da Alfa-Revista de LInguística.

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Publicado

26-09-2016

Como Citar

Vassoler, A., & Gomes Camacho, R. (2016). CRENÇAS E ATITUDES LINGUÍSTICAS: A VARIANTE RETROFLEXA NA VARIEDADE RIO-PRETENSE. Revista Do GEL, 13(2), 163–191. https://doi.org/10.21165/gel.v13i2.1426

Edição

Seção

Artigos