Um novo olhar sobre a fissura palatina

Autores

  • Rita TONOCCHI
  • Gustavo NISHIDA
  • Adelaide H.P. SILVA

Palavras-chave:

Patologia de Fala. Fissura Palatina. Análise Acústica. Duração Relativa.

Resumo

Analisando acusticamente dados de fala de um sujeito portador de fissura pala­tina e de um sujeito sem fissura, observa-se que, contrariamente ao que a literatura médica usualmente descreve para esses casos, o sujeito fissurado não posterioriza invariavelmente os sons, em particular as consoantes plosivas, mas as realiza como o sujeito não fissurado. A diferença entre a fala de um sujeito e outro está na organização temporal da cadeia da fala, já que as durações relativas de vogal tônica e de consoante plosiva se distribuem de modo diferente para os dois sujeitos. Os dados sugerem, portanto, que a característica patológica da fala do sujeito fissurado não está na “troca” de um som por outro, mas no detalhe fonético. Por isso, este estudo argumenta que, para explicar os dados, é necessário adotar um modelo dinâmico de produção de fala que incorpore a variável tempo. Do contrário, é impossível proceder a uma análise adequada dos fatos verificados.

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Publicado

26-12-2010

Como Citar

TONOCCHI, R., NISHIDA, G., & SILVA, A. H. (2010). Um novo olhar sobre a fissura palatina. Revista Do GEL, 7(2), 227–243. Recuperado de https://revistas.gel.org.br/rg/article/view/69

Edição

Seção

Artigos