FALAR DE SI NA REDE: UM ESPAÇO PARA QUEM (NÃO) SOU

Autores

  • Carolina Padilha Fedatto Universidade do Vale do Sapucaí

Palavras-chave:

Escrita de si, Tecnologias de linguagem, Negação.

Resumo

Refletiremos neste texto sobre a constituição subjetiva e a circulação da linguagem no espaço virtual por meio de uma análise de perfis do Twitter em que o sujeito se descreve ou se apresenta usando uma negação. Consideramos, para tanto, que o virtual tem uma existência histórica regida tanto pela fixidez da memória metálica quanto pelo devir do sujeito na memória discursiva. Em decorrência disso, a escrita de si na rede assume uma forma narrativa provisória, voltada para o futuro do não-ser ou do ser-outros, em contraposição ao efeito de atualidade, instantaneidade e totalidade das informações alimentadas pela rede eletrônica. A partir daí, perguntamos como o sujeito se inscreve nessa rede que tende à totalidade e quais são os efeitos do virtual em sua constituição. Deriva, suspensão e ubiquidade são algumas das formas de virtualizar-se, ver e ser visto pela tela. Efeitos de sentido que não são sem consequência para a vida social fora dela e que encontram na negação uma forma de expor as contradições do contemporâneo.

 

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Biografia do Autor

Carolina Padilha Fedatto, Universidade do Vale do Sapucaí

Professora do Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem. Pesquisadora de Pós-doutorado na Universidade Federal Fluminense.

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Publicado

17-09-2015

Como Citar

Fedatto, C. P. (2015). FALAR DE SI NA REDE: UM ESPAÇO PARA QUEM (NÃO) SOU. Revista Do GEL, 12(1), 81–108. Recuperado de https://revistas.gel.org.br/rg/article/view/375

Edição

Seção

Artigos