Por que o português não veio do latim?: uma análise historiográfica da Gramática Pedagógica do Português Brasileiro

Autori

DOI:

https://doi.org/10.21165/gel.v15i2.2126

Parole chiave:

Historiografia Linguística. Gramática brasileira. Origem do português.

Abstract

Este trabalho visa analisar o tratamento dispensado à origem histórica da língua portuguesa na Gramática Pedagógica do Português Brasileiro (doravante GPPB), de autoria de Marcos Bagno (2011). O objetivo geral é averiguar, na obra, o tratamento dado pelo autor à origem da língua portuguesa, contrapondo-o à perspectiva adotada por autores brasileiros que fizeram algum tipo de Linguística Histórica e aos dados verificados nas demais produções do autor. Para tanto, foram analisadas informações trazidas nos materiais que serviram de fontes para a pesquisa, sobretudo quanto à retórica do autor, a fim de perceber as prováveis razões para o afastamento ou aproximação dele à tese da origem latina do português. Para a análise, utilizou-se a proposta teórico-metodológica de Koerner (2014) e a proposta desenvolvida por Bastos e Palma (2008) sobre a investigação de objetos contemporâneos relacionados a uma perspectiva historiográfica. As análises apontam para continuidades e descontinuidades no tratamento da história da língua portuguesa que podem ser consideradas a partir da retórica adotada pelo autor em diferentes obras. É possível, pois, destacar que Bagno, na GPPB, apresenta uma retórica aparentemente descontinuísta com relação aos estudos histórico-linguísticos tradicionais, uma vez que, no restante de suas obras, inclusive nas posteriores à GPPB, sobressai-se um discurso continuísta em relação à tradição.

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Pubblicato

2018-11-13

Come citare

Anjos, M. A. L. dos, & Oliveira, M. S. (2018). Por que o português não veio do latim?: uma análise historiográfica da Gramática Pedagógica do Português Brasileiro. Revista Do GEL, 15(2), 61–84. https://doi.org/10.21165/gel.v15i2.2126

Fascicolo

Sezione

Artigos