A concepção mítica perpetuada no sertão de Inhamuns: uma leitura do espaço e do tempo no conto “A espera da volante”, de Ronaldo Correia de Brito
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v46i3.1562Palavras-chave:
Ronaldo Correia de Brito, regionalismo, conto, espaço, mitoResumo
O presente artigo faz uma análise do conto “A espera da volante”, de Ronaldo Correia de Brito, publicado no livro Faca (2009), a partir das categorias narrativas de espaço e de tempo e seu engendramento na construção das personagens. Buscou-se compreender como as três categorias, aliando-se a uma concepção mítica, filiam tal produção a uma compreensão do sertão consagrada com Guimarães Rosa, ao mesmo tempo em que se mostra contemporânea à nova ficção regionalista brasileira.
Downloads
Referências
AGAMBEN, G. O que é contemporâneo? e outros ensaios. Tradução de Vinícius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009. p. 55-72.
ALMEIDA, C. E. O romance regionalista dos anos de 1930. In: SALES, G.; SOUZA, R. A. (Org.). Literatura brasileira: região, nação, globalização. Campinas: Editora Pontes, 2013. p. 31-41.
ARRIGUCCI, D. Jr. Tempo de Espera: posfácio. In: BRITO, R. C. Faca. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
BÍBLIA. Português. Bíblia sagrada. Tradução de Padre Antônio Pereira de Figueiredo. São Paulo: Editora Iracema, 1979.
BRITO, R. C. Cântico para um mundo em dissolução. Jornal O Povo, 9 mai. 2005. Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/ecarvalho2.html>. Entrevista concedida a Eleuda Carvalho. Acesso em: 10 ago. 2016.
_________. Faca. São Paulo: Cosac Naify, 2009.
CASTAGNINO, R. Tempo e expressão romanesca. Tradução de Luiz Aparecido Caruso. São Paulo: Mestre Jou, 1970.
CENTRO NACIONAL DE FOLCLORE E CULTURA POPULAR. FILHO, J. F. Reside nos Inhamuns o melhor rastejador do nordeste. Fortaleza: Correio do Ceará, 25 fev. 1967. Disponível em: <http://docvirt.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=tematico&pagfis=41120&pesq=>. Acesso em: 10 ago. 2016.
CHEVALIER, J.; GHEERBRANT, A. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999.
CORDEIRO, M. R. Metamorfoses do sertão: termos de comparação entre Euclides da Cunha e Guimarães Rosa. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL GUIMARÃES ROSA (2001: Belo Horizonte). Veredas de Rosa II/organização Lélia Parreira Duarte et al. Belo Horizonte: PUC Minas, CESPUC, 2003.
ELIADE, M. Mito e Realidade. São Paulo: Perspectiva, 2011.
FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3. ed. Curitiba: Positivo, 2004.
LEONEL, M. C.; SEGATTO J. A. O sertão literário na contemporaneidade: Guimarães Rosa e Ronaldo Correia de Brito. Revista Estudos Linguísticos, São Paulo, v. 39 (1),
p. 1035-1044, 2010.
NUNES, B. O tempo na narrativa. 2. ed. São Paulo: Ática, 1995.
POUILLON, J. O tempo e o romance. São Paulo: Cultrix; Edusp, 1974.
RODRIGUES, R. R.; GRÁCIA-RODRIGUES, K. Fortuna e infortúnios do regionalismo. In: SALES, G.; SOUZA, R. A. (Org.). Literatura brasileira: região, nação, globalização. Campinas: Editora Pontes, 2013. p. 263-290.
ROSA, J. G. Grande sertão: veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2006.
SANTOS, J. S. Faca e seus cortes – o sertão trágico e feminino de Ronaldo Correia de Brito. 2014. 133 f. Dissertação (Mestrado em Estudos de Linguagens) – Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2014. Disponível em: <http://www.ppgel.uneb.br/wp/wp-content/uploads/2014/04/santos_joelson.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2017.
SCHOLLHAMMER, K. E. Ficção brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. (Coleção contemporânea: Filosofia, literatura e artes).
VICENTINI, A. O sertão e a literatura. Revista Sociedade e Cultura, I (1), p. 41-54, 1998. Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/fchf/article/view/1778/2139>. Acesso em: 10 ago. 2016.