Norma e variação: valores simbólicos em oposição

Autores

  • Roberto Gomes Camacho Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (UNESP), São José do Rio Preto, São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v46i1.1735

Palavras-chave:

variação estilística, identidade, campo indexical

Resumo

Eckert (2000) inaugurou uma nova tendência na Sociolinguística ao propor um conceito renovado de regra variável, que passou a constituir o espaço privilegiado da construção do significado social. No âmbito desse quadro teórico, estabeleceu-se como objetivo para este trabalho a análise das dinâmicas e das práticas sociais de dois grupos de estudantes, ideologicamente opostos para examinar como o processo variável de concordância nominal, como a regra variável de pluralidade no SN, praticada na comunidade como um todo, pode ser aproveitada como indexador da construção de identidade por membros de diferentes comunidades de prática e, por outro, para discutir como casos de variação como esse, convivendo no próprio ambiente escolar com a própria questão normativa, estão conectados com a situação de ensino.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BARZOTTO, V. H. Nem respeitar, nem valorizar, nem adequar as variedades linguísticas. Revista Ecos, Cáceres, v. 2, p. 93-96, 2004.

CHAMBERS, J. K. Sociolinguistic theory. Cambridge, Mass.: Blackwell Publishers, 1995.

DAYRELL, J. A música entra em cena: o rap e o funk na socialização da juventude. Belo Horizonte: UFMG, 2005.

ECKERT, P. Linguistic variation as social practice. Oxford: Blackwell, 2000.

________. Variation, convention, and social meaning. Paper presented at the Annual Meeting of the Linguistic Society of America. Oakland CA. Jan 7, 2005.

________. Variation and the indexical field. Journal of Sociolinguistics, v. 12, n. 4,

p. 453-476, 2008.

________. Three waves of variation study: the emergence of meaning in the study of sociolinguistic variation. Annual Review of Anthropology, n. 41, p. 87-100, 2012.

GONÇALVES, S. C. L. Projeto ALIP (Amostra Linguística do Interior Paulista): questões teóricas e metodológicas sobre a constituição de um banco de dados de língua falada. In: TAGNIN, E. O.; VALE, O. A. Avanços da linguística de corpus no Brasil. São Paulo: Humanitas, 2008. p. 217-245.

LABOV, W. Sociolinguistic Patterns. Philadelphia: Pennsylvania University Press, 1972.

________. Estágios na aquisição do inglês standard. Tradução de Luiza Leite Bruno Lobo. In: FONSECA, M.; STELLA, V.; NEVES, M. F. (Org.). Sociolinguística. Rio de Janeiro: Eldorado, 1974 [1964]. p. 49-85.

MILROY, L. Language and social networks. Oxford: Blackwell, 1987 [1980].

SALOMÃO-CONCHALO, M. H. A variação estilística na concordância nominal e verbal como construção de identidade social. 2015. 314 f. Tese (Doutorado em Estudos Linguísticos) – Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, São José do Rio Preto, 2015.

TRUDGILL, P. Sex, covert prestige and linguistic change in the urban British English of Norwich. Language in society, v. 1, p. 179-196, 1972.

Downloads

Publicado

21-11-2017

Como Citar

Camacho, R. G. (2017). Norma e variação: valores simbólicos em oposição. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 46(1), 98–108. https://doi.org/10.21165/el.v46i1.1735

Edição

Seção

Gramática Funcional