O emprego de testes de factualidade em advérbios modais
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v48i2.2320Palabras clave:
modalidade, advérbios, factualidadeResumen
O presente trabalho tem como objetivo examinar a aplicação de testes de copredicação propostos por Saurí (2008) para classificação de advérbios modais no português brasileiro, seguindo a definição de modalidade proposta por Narrog (2005). A partir de enunciados extraídos do Córpus do Português (DAVIES, 2016), foram analisados três advérbios considerados modais em gramáticas descritivas: francamente, quase e obrigatoriamente. O resultado da análise aponta para os testes de copredicação como uma ferramenta possível para a classificação de advérbios modais, utilizando-se o conceito de modalidade como suspensão da factualidade, fornecendo critérios objetivos para sua determinação, ao mesmo tempo, permitindo a problematização desse conceito, avançando os estudos nesse campo.Descargas
Citas
AIKHENVALD, A. Y. Evidentiality. Oxford, England: Oxford University Press, 2004.
CASTILHO, A. T.; MORAES DE CASTILHO, C. M. Advérbios modalizadores. In: ILARI, R. (org.). Gramática do português falado. Campinas: Ed. UNICAMP, 1992. p. 213-260.
DAVIES, M. Corpus do português: One billion words, 4 countries, 2016. Disponível em: http://www.corpusdoportugues.org/web-dial/. Acesso em: 06 jun. 2019.
DIK, S. The theory of functional grammar. Pt 1. The Structure of the Clause. Dordrecht: Foris Publications, 1989.
DIK, S. The theory of functional grammar. Pt 2: Complex and derived constructions. Edited by Kees Hengeveld. Berlin, New York: Mouton de Gruyter, 1997.
FILLMORE, C. The case for case. In: BACH, E.; HARMS, R. T. (ed.). Universals in linguistic theory. Nova York: Holt, Rinehart and Winston Inc., 1868. p. 1-88.
GERSTENBERG, T.; TENENBAUM, J. B. Understanding “almost”: Empirical and computational studies of near misses. In: PAPAFRAGOU, A.; GRODNER, D.; MIRMAN, D.; TRUESWELL, J. C. (ed.). Proceedings of the 38th Annual Conference of the Cognitive Science Society. Austin, TX: Cognitive Science Society, 2016. p. 2777-2782.
HENGEVELD, K.; MACKENZIE, J. L. Functional discourse grammar: a typologically based theory of language structure. Oxford: Oxford University Press, 2008.
IATRIDOU, S. The grammatical ingredients of counterfactuality. Linguistic inquiry, v. 31,
n. 2, p. 231-270, 2000.
ILARI, R. et al. Considerações sobre a posição dos advérbios. In: CASTILHO, A. T. de (org.). Gramática do português falado: a ordem. v. 1. 3. ed. Campinas: EDUNICAMP, 1993. p. 63-141.
KIEFER, F. Presidential address — modality and pragmatics. Folia linguistica, v. 31, n. 3-4, p. 241-253, 1997.
LYONS, J. Introduction to theoretical linguistics. Cambridge: Cambridge University Press, Cambridge, 1968.
LYONS, J. Semantics. v. 2. Cambridge: Cambridge University Press, 1977.
NARROG, H. On defining modality again. Language Sciences, v. 27, n. 2, p. 165-192, 2005.
NEVES, M. H. M. Gramática de usos do português. 2. ed. São Paulo: Editora da UNESP, 2011.
PALMER, F. R. Mood and modality. Cambridge: Cambridge University Press, 1986.
PALMER, F. R. Mood and modality: basic principles. In: Brown, K., Miller, J. (ed.). Concise Encyclopedia of Grammatical Categories. Oxford: Elsevier, 1998. p. 229-235.
PALMER, F. R. Mood and modality, second edition. Cambridge: Cambridge University Press, 2001.
PAPAFRAGOU, A. Modality: issues in the semantics–pragmatics Interface. Oxford: Elsevier, 2000.
SAURÍ, R. A factuality profiler for eventualities in text. 2008. Tese (Ph.D) – Universidade Brandeis, Waltham, MA, 2008.
van der AUWERA, J.; PLUNGIAN, V. A. Modality’s semantic map. Linguistic typology, v. 2,
n. 1, p. 125-139, 1998.