Neologismos Heterodiscursivos: poesia de Arnaldo Antunes na Era do Antropoceno

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v47i1.1911

Palavras-chave:

neologismo, Antropoceno, Bakhtin, Latour, Luzescrita

Resumo

Este artigo apresenta os resultados de estudo sobre neologismos em uma pequena seleção de obras da exposição intitulada Luzescrita (2013-), composta por poemas de Arnaldo Antunes, montagem e registros permanentes em fotografia, de Fernando Lazslo. Os trabalhos selecionados resultam da convergência dos processos de criação literária e artística, em estreita relação com os processos linguísticos. O estudo adota a expansão conceitual de heterodiscurso de Bakhtin (2015), a fim de incluir os distintos estilos, linguagens e sistemas axiológicos em mídias diferentes no embate semântico das criações neológicas. Os trabalhos resultam das variadas interações entre humanos e tecnologia (LATOUR, 2005), na era do Antropoceno.

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Biografia do Autor

Sandra Mina Takakura, USP - doutoranda em Língua portuguesa e filologia UEPA- Professora Assistente II

Graduação em Português e Inglês  pela UFPA, mestrado em língua inglesa e literatura correspondente pela UFSC, doutoranda  em Língua Portuguesa e Filologia pela USP.

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Publicado

17-10-2018

Como Citar

Takakura, S. M. (2018). Neologismos Heterodiscursivos: poesia de Arnaldo Antunes na Era do Antropoceno. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 47(1), 102–113. https://doi.org/10.21165/el.v47i1.1911

Edição

Seção

Lexicologia e Lexicografia