A modalidade deôntica na construção completiva impessoal com matriz ser + preciso: uma análise cognitivo-funcional

Autores

  • Dayane Alves Wiedemer Universidade Federal Fluminense

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v45i1.775

Palavras-chave:

funcionalismo, modalidade deôntica, oração completiva, impessoalidade.

Resumo

A partir dos pressupostos do Funcionalismo norte-americano e da Linguística Cognitiva, apresentamos os resultados da análise da construção completiva impessoal composta por matriz com verbo ser + preciso, e os diferentes graus da modalidade deôntica (obrigação externa, obrigação interna e necessidade). Para compor os corpora de análise, utilizamos dados extraídos dos jornais Folha de São Paulo e O Globo. Quanto aos resultados, observamos que há predominância da posição da oração matriz à esquerda, marcando a atitude do falante. Vimos que há maior uso da obrigação externa, seguida da necessidade e, por fim, um menor uso da obrigação interna. Quanto aos tipos de verbo da oração completiva, na obrigação externa há um maior uso de verbos dinâmicos; na obrigação interna prevalece o uso de verbos cognitivos ou epistêmicos; e, na necessidade, há ocorrências de verbos tanto dinâmicos quanto cognitivos.

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Biografia do Autor

Dayane Alves Wiedemer, Universidade Federal Fluminense

Graduou-se em Letras (2014) pela Universidade Federal Fluminense. Atualmente, cursa a especialização em Língua Portuguesa na UFF e é mestranda em Linguística na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

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Publicado

29-11-2016

Como Citar

Alves Wiedemer, D. (2016). A modalidade deôntica na construção completiva impessoal com matriz ser + preciso: uma análise cognitivo-funcional. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 45(1), 100–114. https://doi.org/10.21165/el.v45i1.775

Edição

Seção

Gramática Funcional