A modalidade deôntica na construção completiva impessoal com matriz ser + preciso: uma análise cognitivo-funcional
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v45i1.775Schlagworte:
funcionalismo, modalidade deôntica, oração completiva, impessoalidade.Abstract
A partir dos pressupostos do Funcionalismo norte-americano e da Linguística Cognitiva, apresentamos os resultados da análise da construção completiva impessoal composta por matriz com verbo ser + preciso, e os diferentes graus da modalidade deôntica (obrigação externa, obrigação interna e necessidade). Para compor os corpora de análise, utilizamos dados extraídos dos jornais Folha de São Paulo e O Globo. Quanto aos resultados, observamos que há predominância da posição da oração matriz à esquerda, marcando a atitude do falante. Vimos que há maior uso da obrigação externa, seguida da necessidade e, por fim, um menor uso da obrigação interna. Quanto aos tipos de verbo da oração completiva, na obrigação externa há um maior uso de verbos dinâmicos; na obrigação interna prevalece o uso de verbos cognitivos ou epistêmicos; e, na necessidade, há ocorrências de verbos tanto dinâmicos quanto cognitivos.
Downloads
Literaturhinweise
ACHARD, M. Representation of cognitive structures: syntax and semantics of French sentential complements. Berlin: Mouton de Gruyter, 1998. 377 p.
ALMEIDA, J. Introdução ao estudo das perífrases verbais em português. s. l., s. ed., 1980. 241 p.
CASIMIRO, S. Um estudo das modalidades deôntica e volitiva nos discursos do presidente Lula. 2007. 107 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) – Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas, Universidade Estadual Paulista, São José do Rio Preto.
CASTILHO, A. T. de. Nova gramática do português brasileiro. São Paulo: Contexto, 2010. 768 p.
CUNHA, M. A. F.; TAVARES, M. A. Linguística funcional e ensino de gramática. In: CUNHA, M. A. F.; TAVARES, M. A. Funcionalismo e ensino de gramática. Natal: Editora da UFRN, 2007. p. 13-51.
CUNHA, M. A. F.; BISPO, E. B.; SILVA, J. R. Linguística funcional centrada no uso: conceitos básicos e categorias analíticas. In: CEZARIO, M. M.; CUNHA, M. A. F. Linguística centrada no uso: uma homenagem a Mário Martelotta. Rio de Janeiro: Mauad X: FAPERJ, 2013. p. 13-39.
DIAS, N. B. A marca da (inter) subjetividade na sentença complexa subjetiva. Revista Confluência, Rio de Janeiro, n.44, p. 83-106, 2013a.
______. A subjetividade nas construções completivas impessoais do português brasileiro. Revista Portuguesa de Humanidades, Braga, v.17, n.1, p. 7-22, 2013b.
GIVÓN, T. On understanding grammar. New York: Academic Press, 1979. 379 p.
GONÇALVES, S. C. L.; SOUSA, G. C. de; CASSEB-GALVÃO, V. C. As construções subordinadas substantivas. In.: ILARI, R.; NEVES, M. H. M. Gramática do português culto falado no Brasil. v. 2. Classe de palavras e processos de construção. Campinas: Editora da UNICAMP, 2008. p. 1021-1084.
GUIRALDELLI, L. A.; SANTOS, A. C. O. dos. A modalidade deôntica nas bulas de remédio. Revista Nucleus, Ituverava, v.7, n.2, p. 47-64, out. 2010.
LYONS, J. Semantics: Front Cover. Cambridge: Cambridge University Press, 1977. 897 p.
NEVES, M. H. M. A modalidade. In: KOCH, I. (Org.) Gramática do português falado – v.vi: Desenvolvimentos. Campinas: FAPESP/UNICAMP, 1996. p. 163-199.
NEVES, M. H. M. Texto e gramática. São Paulo: Contexto, 2010. 334 p.
NEVES, M. H. M. Gramática de usos do português. São Paulo: Editora UNESP, 2011. 103 p.
SILVA, A. S. Linguística Cognitiva. Uma breve introdução a um novo paradigma em Linguística. Revista Portuguesa de Humanidades, Braga, v.1, n.1, p. 59-101, 1997.