A EXTENSÃO SINTÁTICA NA ESCRITA DE TEXTOS ESCOLARES
DOI:
https://doi.org/10.21165/gel.v13i1.839Schlagworte:
Extensão sintática, Progressão escolar, Textos escolares.Abstract
Neste artigo, apresenta-se um estudo de correlação entre extensão sintática e progressão escolar em textos escritos por crianças e adolescentes em idade escolar monolíngues de português europeu. Para a caracterização da extensão, utilizam-se como medidas a frequência média de palavras por oração (BERMAN, 2007), a frequência média de palavras por unidade-t e a frequência média de orações subordinadas por unidade-t (HUNT, 1965, 1970). Com recurso à plataforma UAM CorpusTool (O’DONNELL, 2008), estas medidas foram aplicadas a um corpus quasi-longitudinal composto por 244 textos de registos narrativos (n=122) e argumentativos (n=122), escritos por alunos do 5.º (n=26), do 7.º (n=46) e do 10.º (n=50) ano do sistema escolar português. Os resultados mostram que, por um lado, a extensão da oração, medida pela frequência média de palavras, não mantém correlação com a progressão escolar em nenhum dos dois registros avaliados e, por outro, a unidade-t, quer aferida pela frequência média de palavras, quer pela frequência média de orações subordinadas, só tem representação significativa nos textos do registro narrativo, não sendo detectado o mesmo para os textos argumentativos. Com este trabalho, pretende-se contribuir para uma compreensão mais pormenorizada dos movimentos configuradores do desenvolvimento sintático na língua escrita de crianças e jovens em idade escolar.
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