SAMBA PAULISTA: CAIU DE PÉ É SAMBADOR, SAMBEIRO OU SAMBISTA?

Authors

  • Mario Santin Frugiuele Universidade de São Paulo

Keywords:

Pesquisa Dialetal, Análise do Discurso, Léxico, Samba Rural Paulista, Samba de Bumbo, Cultura Caipira.

Abstract

O presente trabalho tem como objetivo central investigar a produção de sentidos e os registros da memória coletiva provenientes da escolha de duas unidades lexicais (sambeiro e sambador) em oposição à forma sambista. O corpus da pesquisa é constituído fundamentalmente de entrevistas livres realizadas com praticantes de uma manifestação cultural conhecida como Samba Rural Paulista (ANDRADE, 1937), em que é possível constatar a preferência pelo uso das unidades sambeiro e sambador. Para procedermos à análise dos dados coletados, utilizamos como pressupostos teóricos recortes feitos nas áreas da Dialetologia, Geolinguística e Análise do Discurso de linha francesa, além de outros campos como a Terminologia, a Sociolinguística, e a Lexicologia. Os resultados deste trabalho expõem uma distinção significativa entre a escolha lexical feita por participantes de modalidades específicas de samba, sendo possível estabelecer oposições entre o samba atualmente desenvolvido em todo Brasil, altamente influenciado pelo ritmo procedente do Rio de Janeiro, à secular prática dos sambadores e sambeiros paulistas de outrora. Outrossim, o presente estudo revela, por meio da prática discursiva, a memória coletiva na qual estão inscritos os locutores, permitindo um entendimento mais adequado das diferenças e limites atuantes entre os tipos de samba citados.

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Author Biography

Mario Santin Frugiuele, Universidade de São Paulo

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Letras (Filologia e Língua Portuguesa) da Universidade de São Paulo sob orientação do Prof. Manoel Mourivaldo Santiago Almeida e bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.

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Published

2013-07-28

How to Cite

Frugiuele, M. S. (2013). SAMBA PAULISTA: CAIU DE PÉ É SAMBADOR, SAMBEIRO OU SAMBISTA?. Revista Do GEL, 10(1), 8–34. Retrieved from https://revistas.gel.org.br/rg/article/view/12