The Concept of “Língua Geral de Mina”: Notes on its Historical Meaning

Authors

DOI:

https://doi.org/10.21165/gel.v18i3.3277

Keywords:

African languages in Brazil, General language, Gbe languages, Atlantic slave trade, Slavery

Abstract

The article proposes an analysis of the concept “língua geral de mina” or “general language of mina,” based on its occurrence in the title of one of the most important records about African languages in Brazil (Obra Nova da Língua Geral de Mina, by Antonio da Costa Peixoto, 1731 and 1741). It includes an examination of similar occurrences of the concept, and elaborations pertinent to linguistic issues of the Atlantic slave trade and enslavement of African gbe-speaking peoples. It seeks a transdisciplinary approach between social history and linguistic history. The main hypothesis points to this concept as a Portuguese construct, through which the colonial agents faced the linguistic diversity of the peoples involved in the trade and in enslavement. At the same time, it seeks to contribute to the understanding of the experience of enslaved African peoples, as well their ability to resist and rebuild social and communal ties.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biography

Ivana Stolze Lima, Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), Rio de Janeiro, Brasil

Doutorado em História (UFF, 2000); Pesquisadora Titular da Fundação Casa de Rui Barbosa, concursada em 2002.

References

ABOH, E. O. The Emergence of Hybrid Grammars. Language Contact and Change. Cambridge: Cambridge University Press, 2015.

ANDERSON, B. Nação e consciência nacional. São Paulo: Ática, 1989.

ARAÚJO, F. Fome de ouro e fama da obra. Antonio Costa Peixoto e a Obra Nova de Lingoa Geral Mina. 2013. Disponível em: http://www.antropologia.com.br/arti/colab/a53-faraujo.pdf. Acesso em: 20 abr. 2014.

AUROUX, S. A revolução tecnológica da gramatização. Campinas: Editora UNICAMP, 2009.

BARBOT, J. Description of the Coasts of North and South Guinea. s. ed.: Londres, 1732. Disponível em: https://archive.org/details/b30453549. Acesso em 24 nov. 2021.

BESSA-FREIRE, J. R. B.; ROSA, M. C. Línguas Gerais. Política lingüística e catequese na América do Sul no período colonial. Rio de Janeiro: Eduerj, 2003.

BONVINI, E.; BUSUTIL, J.; PEYRAUBE, A. Dictionnaire des langues. Paris: PUF, 2011.

CANNECATIM, B. Diccionario da Lingua Bunda, ou Angolense, explicada na portuguesa, e latina. Lisboa: Impressão Régia, 1804.

CAPO, H. B. A Comparative Phonology of Gbe. Berlin: De Gruyter Mouton, 1991.

CAPO, H. Renaissance du Gbe: réflexions critiques et constructives sur l’eve, le fon, le gen, l’aja, le gun etc. Hamburg: Helmut Buske Verlag, 1988.

CAPO, H. Le Gbe est une langue unique. Africa: Journal of the International African Institute, v. 53, n. 2, p. 47-57, 1983.

CASTRO, Y. P. de. A língua mina-jeje no Brasil: um falar africano em Ouro Preto do século XVIII. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 2002.

CERTEAU, M. de; JULIA, D.; REVEL, J. Une politique de la langue. La Révolution Française et les patois: l’enquête de Grégoire. Paris: Gallimard, 1975.

DALZEL, A. The History of Dahomy, an Inland Kingdom of Africa [1793]. Lon-dres: Frank and Cass, 1967. Disponível em: https://archive.org/details/b28764808. Aces-so em: 24 nov. 2021.

HOUNNOUVI, C. Povos gbe da Costa da Mina: questionando a intercompreensão e a identidade linguística. In: RODRIGUES, A.; FARIAS, J.; LIMA, I. S. (org.). A diáspora mina: africanos entre o golfo do Benim e o Brasil. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2020. p. 55-83.

KLUGE, A. The Gbe Language Continuum of West Africa: A Synchronic Typological Approach to Prioritizing In-Depth Sociolinguistic Research on Literature Extensibility. Language, Documentation and Conservation, v. 1, n. 2, p. 182-215, dez. 2007.

LABAT, J.-B. Voyage du Chevalier des Marchais em Guinée, isles voisines et à Cayenne, fait em 1725, 1726 et 1727, Tomo 4. Paris: Saugrain, 1730. Disponível em: https://archive.org/details/LabatMarchais1731. Acesso em: 24 nov. 2021.

LAGÓRIO, C. A. Elementos de política linguística colonial hispânica: o Terceiro Concílio Limense. In: BESSA-FREIRE, J. R.; ROSA, M. C. (org.). Política linguística e catequese na América do Sul no período colonial. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2003. p. 43-57.

LARA, S. Linguagem, domínio senhorial e identidade étnica nas Minas Gerais de meados do século XVIII. In: ALMEIDA, M. V. de; BASTOS, C.; FELDMAN BIANCI, B. (org.). Trânsitos Coloniais. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2002. p. 205-225.

LAW, R. Jean Barbot as a Source for the Slave Coast of West Africa. History in Africa, v. 9, p. 155-173, 1992.

LEITE, S. História da Companhia de Jesus no Brasil. Tomo VIII. Rio de Janeiro/Lisboa: Civilização Brasileira/Portugália, 1949.

LIMA, I. S. Tradução mina para a terra do branco. In: RODRIGUES, A.; FARIAS, J.; LIMA, I. S. (org.). A diáspora mina: africanos entre o Golfo do Benim e o Brasil. Rio de Janeiro: FAPERJ/Nau Editora, 2020. p. 385-411.

LIMA, I. S. A voz e a cruz de Rita: africanas e comunicação na ordem escravista. Revista Brasileira de História, Dossiê "Por escravos", v. 38, n. 79, p. 41-63, 2018.

LIMA, I. S. Língua e diversidade: imagens sobre africanos e escravidão. História da Historiografia, v. 25, p. 44-64, 2017.

MAIA, M. De reino traficante a povo traficado. A diáspora dos courás do golfo do Benim para as minas de ouro da América Portuguesa. 1715-1760. 2013. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013.

NAJERA, J. de. Doctrina Chistiana. Madrid: Domingos Garcia Morras, 1658. Edição facsimilar reproduzida em LABOURET, H.; RIVET, P. Le Royaume d’Arda et son évangelisation au XVII siècle. Paris: Institut d’Ethnologie, 1929.

OLDENDORP, C. G. A. History of the Mission of the Evangelical Brethren on the Caribbean Islands of St. Thomas, St. Croix, and St. John. Ann Arbor: Karoma Publishers, 1987.

PARÉS, N. A formação do candomblé. História e ritual da nação jeje na Bahia. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

PEIXOTO, A. da C. Obra nova da lingoa geral de mina, traduzida ao nosso igdioma. 1741 (Manuscrito, Biblioteca Pública de Évora).

PEIXOTO, A. da C. Alguns apontamentos da lingoa minna com as palavras portuguezas correspondentes. 1731 (Manuscrito, Seção de reservados Biblioteca Nacional de Lisboa).

PEIXOTO, A. da C. Obra nova da língua geral de mina. Lisboa: Agência Geral das Colônias, 1944. Disponível em: https://purl.pt/16608. Acesso em: 24 nov. 2021.

PEIXOTO, A. da C. Obra nova da língua geral de mina. Lisboa: Agência Geral das Colônias, 1945.

PETTER, M. T. Introdução à linguística africana. São Paulo: Editora Contexto, 2015.

RODRIGUES, A. Obra Nova da Lingua Geral de Mina: a língua ewe nas Minas Gerais. Papia, v. 13, p. 92-96, 2003.

RODRIGUES, A. As línguas gerais sulamericanas. Papia, v. 4, n. 2, p. 6-18, 1996.

SILVA, W. S. da. A Língua Geral de Mina e o Ciclo do Ouro: um capítulo da história dos contatos no Brasil. 2020. Tese (Doutorado em Linguística) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020.

SILVA Jr., C. A diáspora mina-gbe no mundo atlântico. In: RODRIGUES, A.; FARIAS, J. B.; LIMA, I. S. (org.). A diáspora mina: africanos entre o golfo do Benim e o Brasil. Rio de Janeiro: FAPERJ/Nau Editora, 2020. p. 21-52.

SOARES, M. de C. Devotos da cor. Identidade étnica, religiosidade e escravidão. Rio de Janeiro, século XVIII. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.

SOARES, M. de C. (org.). Diálogos Makii de Francisco Alves de Souza. Manuscrito de uma congregação católica de africanos Mina, 1786. São Paulo: Chão Editora, 2019.

STEINBERG, J. O historiador e a questione della lingua. In: BURKE, P.; PORTER, R. (org.). História Social da Linguagem. UNESP/Cambridge, 1997.

SWEET, J. Domingos Alvares, African Healing, and the Intellectual History of the Atlantic Word. The University of North Carolina Press, 2011.

ZWARTJES, O. Portuguese missionary grammars in Asia, Africa and Brazil, 1550-1800. Amsterdam/Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 2011.

Published

2021-12-28

How to Cite

Stolze Lima, I. (2021). The Concept of “Língua Geral de Mina”: Notes on its Historical Meaning. Revista Do GEL, 18(3), 143–168. https://doi.org/10.21165/gel.v18i3.3277

Issue

Section

Edição Temática