Discursos de formadores de professores de línguas estrangeiras sobre a pandemia: questões identitárias e emocionais
DOI:
https://doi.org/10.21165/gel.v20i3.3543Palabras clave:
Ensino-aprendizagem. Línguas Estrangeiras. Identidades. Emoções. Pandemia. Formação de professores/as. Agência.Resumen
O presente artigo traz resultados de um estudo que teve como objetivo investigar os discursos de formadores/as de professores/as de línguas estrangeiras acerca da pandemia de COVID-19 e de seus efeitos identitários e emocionais nos contextos onde atuam. A pesquisa foi realizada em duas universidades públicas federais, uma no sul e a outra no sudeste do Brasil, através de questionários e entrevistas semi-estruturadas. Os resultados mostram que os discursos construídos pelos/as participantes atuam de duas formas: a) em alguns momentos, enfatizam a agência que a pandemia exerceu sobre a comunidade acadêmica; b) em outras ocasiões, dão destaque às possibilidades de agência desta comunidade em vista das dificuldades impostas pela crise sanitária. Tais resultados apontam para a necessidade de reflexões sobre como romper com práticas naturalizadas durante a pandemia e, ao mesmo tempo, ressignificar práticas de ensino-aprendizagem de línguas a partir do que foi aprendido durante o isolamento social. O papel dos Estudos Linguíticos nesse processo é explorado e discutido, principalmente no que diz respeito: a) à necessidade de escutar as narrativas de docentes e discentes sobre suas experiências durante e depois da pandemia; b) à importância de refletir sobre outras formas de atuar dentro do contexto acadêmico, principalmente com maior atenção a questões emocionais; c) às possibilidades de ressignificar o que se entende por educação on-line e híbrida.
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