A linguagem e seu caráter institucional: reflexões sobre o domínio discursivo jurídico

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.21165/gel.v16i2.2687

Mots-clés :

Linguagem. Instituição. Domínio discursivo jurídico.

Résumé

Neste artigo, interessa-nos refletir sobre as práticas de linguagem no vasto território convencionalmente denominado domínio discursivo jurídico, discutindo as complexas relações entre linguagem, instituição e realização de ações nessa esfera de atividade humana. Partimos de fundamentações teóricas elaboradas em campos diferentes de investigação, como a Sociologia dos Campos, a Análise do Discurso e a Pragmática, a fim de compreender a dinâmica linguístico-discursiva que caracteriza o referido domínio, tomando como fio condutor do raciocínio a questão do complexo institucional articulado à performatividade da palavra. Concluímos que um processo judicial é construído pelo trabalho dos sujeitos processuais, que são pessoas investidas de um estatuto institucional que lhes confere a prerrogativa de participar ativamente de um caso de interação judiciária. Esse trabalho consiste em produzir textos nos moldes prescritos pela legislação. Cada um desses textos é composto por atos de fala que, proferidos pela pessoa autorizada, nas condições apropriadas, articulam-se na criação de um gênero textual, que passa a compor o repertório de quem o elaborou. Ao circularem, tais repertórios individuais compõem um sistema de atividades e, atuando harmonicamente entre si, produzem alterações na realidade social.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Biographie de l'auteur-e

Maysa de Pádua Teixeira Paulinelli, UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ (UNIFESSPA)

Doutora em Letras e Linguística, pós-doutora em Estudos da Linguagem. Docente da FAculdade de Estudos Linguísticos da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará.

Téléchargements

Publié-e

2019-12-30

Comment citer

Paulinelli, M. de P. T. (2019). A linguagem e seu caráter institucional: reflexões sobre o domínio discursivo jurídico. Revista Do GEL, 16(2), 145–162. https://doi.org/10.21165/gel.v16i2.2687