Semiótica e ideologia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21165/gel.v16i1.2778

Palavras-chave:

Semiótica discursiva. Ideologia. História da semiótica. Discursos sociais.

Resumo

A relação da semiótica com a noção de “ideologia”, tal como é concebida nas teorias do discurso de origem marxista, inexiste e pareceria inapropriadamente redundante, a depender do ponto de vista adotado. A recusa à ideologia é patente nos objetos de análise e nos problemas de pesquisa da primeira semiótica de A. J. Greimas. Essa primeira semiótica se interessou por objetos de análise literários desconectados, com raras exceções, de sua época e de uma dimensão sócio-política explicitada. Quando, sobretudo a partir dos anos 1980, a semiótica passou a se interessar mais sistematicamente por objetos da comunicação social, o termo “ideologia” já caíra em desuso, vítima de sua polissemia, em certas práticas de análise discursiva, sem nunca ter sido realmente operatório nos estudos semióticos, salvo por sua acepção como busca de um objeto-valor por parte dos sujeitos narrativos. Neste artigo, esboçamos uma breve história da relação da semiótica com a ideologia, refletindo sobre o modo como a semiótica brasileira precocemente (E. Lopes, J. L. Fiorin e D. P. de Barros) se ocupou dessa questão, antecipando preocupações que a semiótica europeia veio reencontrar em sua prática contemporânea mais recentemente.

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Biografia Autor

Jean Cristtus Portela, Unesp - FCL/Araraquara

Professor do Departamento de Linguística e do Programa de Pós-Graduação em Linguística e Língua Portuguesa da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp, câmpus de Araraquara (SP). Pesquisador Nível 2 do CNPq.

Publicado

2019-12-10

Como Citar

Portela, J. C. (2019). Semiótica e ideologia. Revista Do GEL, 16(1), 132–142. https://doi.org/10.21165/gel.v16i1.2778

Edição

Secção

Artigos