V-ra no português: uma análise diacrônica

Autores

  • Kellen Cozine Martins
  • Maria da Conceição de Paiva

Palavras-chave:

morfema-ra, análise diacrônica, esquematização.

Resumo

O morfema -ra para a indicação de pretérito mais-que-perfeito (mandara) praticamente desapareceu do português brasileiro falado, cedendo espaço a outras formas concorrentes, como a perífrase ter/haver + particípio passado (tinha mandado) e o perfeito simples (mandou) (COAN, 1997; MARTINS, 2010). Resquícios dessa forma verbal resistem em construções optativas cristalizadas, como quem me dera, tomara, quisera, pudera eu, originadas na possibilidade de usos do morfema -ra com valor modal [-realis]. O objetivo deste artigo é discutir os contextos de leitura modal do morfema -ra, no período compreendido entre os séculos XVI a XX e sua idiomatização no português contemporâneo.

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Publicado

04-04-2016

Como Citar

Martins, K. C., & Paiva, M. da C. de. (2016). V-ra no português: uma análise diacrônica. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 42(1), 539–552. Recuperado de https://revistas.gel.org.br/estudos-linguisticos/article/view/1127

Edição

Seção

Sociolinguística e Dialetologia