Uma leitura de “Greve”: a vanguarda e o social

Autores

  • Thiago Moreira Correa

Palavras-chave:

poesia, semiótica, Concretismo, linguagem, discurso.

Resumo

A partir da Semana de arte concreta (1956), observa-se uma tendência discursiva concentradora na poesia de Augusto de Campos, tal concentração cria um efeito de objetividade poética, levando a um processo de triagem discursiva. Verifica-se que na poesia elaborada nos anos de 1960 há uma mudança na prática exigida pelo movimento literário. O poema “Greve” de 1961 é um dos primeiros integrantes desse período mais engajado. Ele se diferencia dos poemas ditos ortodoxos (AGUILAR, 2005), porque sua forma geométrica é diluída na estrutura poética. Dessa maneira, analisa-se o poema “Greve” para apontar um momento desse longo movimento de concentração e expansão poética na obra de Augusto de Campos. Evidentemente, ao apresentar uma leitura baseada nos conceitos da semiótica francesa, não se excluirá o plano de expressão, ou seja, o plano sonoro dos versos, sua posição visual na página, os recursos anagramáticos e suas respectivas associações ao plano de conteúdo. Este trabalho visa, por meio da semiótica tensiva, da semiótica visual desenvolvida por Floch e pela teoria anagramática iniciada por Saussure, mostrar o engenho poético de um autor que ultrapassa a marca produzida pela vanguarda que ele criou.

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Publicado

04-04-2016

Como Citar

Correa, T. M. (2016). Uma leitura de “Greve”: a vanguarda e o social. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 42(3), 1465–1476. Recuperado de https://revistas.gel.org.br/estudos-linguisticos/article/view/946

Edição

Seção

Semiótica