“Manda Pix” e as reinvenções tecnodiscursivas e intersemióticas na prostituição masculina em um aplicativo gay
DOI:
https://doi.org/10.21165/el.v53i1.3490Resumo
Embora presumido como um mecanismo comunicativo restrito aos contatos bancários, o enunciado “manda pix” também emergiu como um gesto comunicativo nas práticas de prostituição masculina no aplicativo gay Grindr. Com o objetivo de analisar as condições enunciativas que textualizam a expressão nas dinâmicas de sexo tarifado entre homens, defendo que o “manda Pix” materializa o funcionamento interdiscursivo das práticas de envio de fotos com nudez e a tarifação das trocas, bem como estabelece réplica com os modos de organização tecnodiscursiva do aplicativo. Assim, cotejo as inscrições enunciativas verbovisuais associadas ao pix e aos módulos do aplicativo, identificando os recursos técnicos e suas motivações discursivas de textualidade. Concluo que os enunciados demonstram a vigência de um processo de tentativa de imposição de uma imagem ideal de usuário, aquém da prostituição, e um processo de reinvenção tecnodiscursiva por parte dos integrantes das dinâmicas tarifadas de encontro.
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