O princípio da separação de línguas no teletandem: o que as teorias propõem e como ele funciona na prática

Autores

  • Fabiana Picoli Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Araraquara, São Paulo, Brasil http://orcid.org/0000-0001-9601-5765
  • Ana Cristina Biondo Salomão Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Araraquara, São Paulo, Brasil http://orcid.org/0000-0002-1531-8551

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v49i3.2458

Palavras-chave:

teletandem, princípio da separação de línguas, alternância de códigos.

Resumo

Baseando-se na modalidade de aprendizagem em tandem, Telles e Vassallo (2006) propuseram o Teletandem, que ocorre por meio de ferramentas digitais na internet com foco na comunicação oral. O princípio da separação de línguas (TELLES; VASSALLO, 2006) é denominado, neste estudo, princípio da igualdade. Nesse artigo, buscamos refletir sobre os fatores que envolvem o seguimento desse princípio durante a realização do teletandem a partir de discussões teóricas sobre suas diferentes denominações e conceituações, assim como por meio da análise de dados empíricos de interações entre três pares de participantes. Nossos resultados demonstram a necessidade de renomeação desse princípio no teletandem e uma reconceitualização que reconheça as características do uso de duas línguas nesse contexto de acordo com as necessidades, objetivos e intenções dos falantes. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Cristina Biondo Salomão, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Araraquara, São Paulo, Brasil

Departamento de letras modernas FCL Araraquara

Referências

BENEDETTI, A. M. Pesquisas em ensino e aprendizagem no teletandem Brasil: línguas estrangeiras para todos. In: TELLES, J. A. (org.). Teletandem: um contexto virtual, autônomo e colaborativo para a aprendizagem de línguas estrangeiras no século XXI. Campinas: Pontes, 2009.

BRAMMERTS, H. Aprendizagem autónoma de línguas em tandem: desenvolvimento de um conceito. In: DELILLE, K. H.; CHICHORRO, A. (org.). Aprendizagem autónoma de línguas em tandem. Coimbra: Edições Colibri, 2002.

CALVERT, M. Tandem: a vehicle for language and intercultural learning. Language Learning Journal, v. 19, p. 56-60, 1999.

COSTA, L. M. G.; SALOMÃO, A. C. B.; ZAKIR, M. A. Transcultural and Transcontinental Telecollaboration for Foreign Language Learning: proposals and challenges. Revista do GEL, v. 15, n. 3, p. 26-41, 2018.

EDWARDS, J. Foundations of Bilingualism. In: BHATIA, T. K. et al. (org.). The Handbook of Bilingualism. Oxford: Blackwell, 2006. p. 7-31.

GARCÍA, O.; WEI, L. Translanguaging: Languaging, Bilingualism and Education. The Graduate Center, City University of New York, USA and Birkbeck College, University of London, UK: Palgrave Macmillan, 2014.

GROSJEAN, F. Life with Two Languages: An Introduction to Bilingualism. Cambridge, Massachusetts, London and England: Harvard University Press, 2001.

HAUGEN, E. The Norwegian language in America: A study of bilingual behavior. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1953.

LITTLE, D. A aprendizagem de línguas em tandem e a autonomia do aprendente. In: DELILLE, K. H.; CHICHORRO, A. (org.). Aprendizagem autónoma de línguas em tandem. Coimbra: Edições Colibri, 2002.

MACKEY, W. F. The description of bilingualism. New York: Fishman editor, 1968.

PANICHI, L. Tandem learning and language awareness. Materials from ALA Tandem Workshop. Presented at the Sixth International Conference of the Association for Language Awareness: ALA 2002 (Umeå Universitet, Umeå, Sweden)[ não paginado].

PICOLI, F. Projeto Teletandem Brasil: um estudo do princípio da igualdade nas interações sob a ótica das alternâncias de códigos. 2019. Dissertação (Mestrado em Linguística e Língua Portuguesa) – Faculdade de Ciências e Letras, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Araraquara, 2019. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/182384. Acesso em: 04 out. 2020.

ROMAINE, S. Bilingualism. 2nd edition. Merton College, University of Oxford, 1995.

SALOMÃO, A. C. B.; SILVA, A. C.; DANIEL, F. de G. A aprendizagem colaborativa em Tandem: um olhar sobre seus princípios. In: TELLES, J. A. (org.). Teletandem: um contexto virtual, autônomo e colaborativo para aprendizagem de línguas estrangeiras no século XXI. Campinas: Pontes, 2009. p. 75-92.

TELLES, J. A. Teletandem: um contexto virtual, autônomo e colaborativo para aprendizagem de línguas estrangeiras no século XXI. Campinas: Pontes, 2009.

TELLES, J. A.; VASSALLO, M. L. Foreign Language Learning In-tandem: Teletandem as an Alternative Proposal in CALLT. Aprendizagem de Línguas In-tandem: Teletandem Como uma proposta alternativa em CALLT. The Especialist, n. 2, v. 27, p. 189-212, 2006. Disponível em: http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.1025.2815&rep=rep1&type=pdf. Acesso em: 03 out. 2020.

VASSALLO, M. L.; TELLES, J. A. Ensino e aprendizagem de línguas em tandem: princípios teóricos e perspectivas de pesquisa. In: TELLES, J. A. (org.). Teletandem: um contexto virtual, autônomo e colaborativo para a aprendizagem de línguas estrangeiras no século XXI. Campinas: Pontes, 2009.

VASSALLO, M. L.; TELLES, J. A. Foreign language learning in-tandem: Theoretical principles and research perspectives. The ESPecialist, n. 1, v. 27, p. 83-118, 2006. Disponível em: http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.845.2443&rep=rep1&type=pdf. Acesso em: 28 jan. 2019.

WEINREICH, U. Languages in Contact. New York: Linguistics Circle of New York, 1953.

ZIMMER, M. C.; FINGER, I.; SCHERER, L. Do Bilinguismo ao Multilinguismo: Intersecções entre a Psicolinguística e a Neurolinguística. Revel, n. 11, v. 6, ago. 2008.

Downloads

Publicado

17-12-2020

Como Citar

Picoli, F., & Salomão, A. C. B. (2020). O princípio da separação de línguas no teletandem: o que as teorias propõem e como ele funciona na prática. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 49(3), 1605–1623. https://doi.org/10.21165/el.v49i3.2458

Edição

Seção

Artigos