Norma e poder no ensino de língua portuguesa: crítica ao reducionismo determinista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v50i3.3065

Palavras-chave:

Norma. TOPE. Teoria Crítica. Ensino de Língua Portuguesap

Resumo

O objetivo deste trabalho é problematizar a noção de norma gramatical a partir de conceitos retirados em alguns autores da Teoria Crítica e no referencial teórico da TOPE (Teoria das Operações Predicativas e Enunciativas) desenvolvida por Antoine Culioli. Vê-se que o conceito de norma, devido ao seu efeito exceptivo e conteúdo prescritivo, limita o conhecimento adequado da linguagem, entendida aqui como atividade operatória, cuja natureza dinâmica e proliferativa rechaça toda regulação preceptiva e todo ordenamento classificatório. Reflete-se, igualmente, levando em conta as práticas do ensino em sala de aula e os Parâmetros Curriculares Nacionais, sobre as consequências pedagógicas dessa problematização, especificamente no ensino de língua portuguesa.

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Biografia do Autor

Elizabeth Gonçalves Lima Rocha, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, São Paulo, Brasil

Formação em Letras/Português

Mestre em Linguística

Doutora em Educação e Saúde na infância e na adolescência pela Unifesp

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Publicado

27-12-2021

Como Citar

Rocha, E. G. L. (2021). Norma e poder no ensino de língua portuguesa: crítica ao reducionismo determinista . Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 50(3), 1225–1237. https://doi.org/10.21165/el.v50i3.3065

Edição

Seção

Artigos