Reflexões iniciais sobre a Fonologia na Gramática Construtural

Initial reflections on phonology in Constructural Grammar

Autores

  • Gustavo Nishida Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Curitiba, Paraná, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.21165/gel.v21i3.3791

Palavras-chave:

Historiografia da linguística. Gramática Construtural. Fonologia. Prosódia. Nasalidade.

Resumo

O objetivo deste trabalho é iniciar uma reflexão sobre a descrição fonológica do Português Brasileiro disponível na Gramática Construtural do Português Brasileiro. Neste trabalho, apresentamos os pressupostos teóricos da Gramática Construtural e em seguida elencamos pontos em comum e de divergência sobre a análise fonológica apresentada por Mattoso Camara Junior. Metodologicamente, buscamos uma historiografia interna, ao cotejar as diferenças entre as propostas sobre a nasalidade das vogais do Português Brasileiro. Para tanto, realizamos uma busca no banco de dados de teses e dissertações sobre Fonética e Fonologia no Brasil e foi possível constatar que a proposta construtural está praticamente ausente dos debates sobre nasalidade do Português Brasileiro. Por fim, apresentamos alguns insights relacionados à interação da prosódia com a sintaxe e concluímos que outras pesquisas poderiam se dedicar a verificar se suas análises são válidas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gustavo Nishida, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Curitiba, Paraná, Brasil

Professor do Departamento Acadêmico de Comunicação e Expressão (DACEX)

Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Campus Curitiba)

Referências

ALBANO, E. C. O gesto e suas bordas: esboço de Fonologia Acústico-Articulatória do Português Brasileiro. Campinas: Mercado de Letras/ALB/FAPESP, 2001.

ALTMAN, Cr. A pesquisa Lingüística no Brasil: 1968-1988. 1. ed. São Paulo: Humanitas, 1998.

ALTMAN, C. A guerra fria estruturalista: estudos em historiografia da linguística brasileira. 1. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2021.

BACK, E. São fonemas as vogais nasais do português? Construtura, Curitiba, v. 1, n. 2, p. 297-317, 1973.

BACK, E.; MATTOS, G. Gramática Construtural da Língua Portuguesa. 2 v. São Paulo: FTD, 1972.

BARROS, C. D. M. A missão Summer Institute of Linguistics e o indigenismo latino-americano: história de uma aliança (décadas de 1930 a 1970). Rev. Antropol., v. 47, n. 1, p. 45-85, 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-77012004000100002

BATISTA, R. de O. Uma técnica, um grupo e uma retórica: a Gramática Construtural na história da linguística brasileira. Revista Letras, Curitiba, n. 87, p. 39-66, jan./jun. 2013. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/letras/article/view/32039. Acesso em 03 out. 2024.

BORGES NETO, J. A Linguística Construtural: um capítulo da história da linguística no Brasil. Revista Letras, Curitiba, v. 87, jun. 2013. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/letras/article/view/32053. Acesso em: 15 jun. 2022. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rel.v87i1.32053.

BORGES NETO, J. História da gramática. 1. ed. Curitiba, Editora da UFPR: 2022.

FARACO, C. A. O período é uma construtura. Revista Letras, Curitiba, n. 87, p. 67-73, jan./jun. 2013. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/letras/article/view/32040. Acesso em: 03 out. 2024.

JAKOBSON, R.; FANT, G.; HALLE, M. Preliminaries of speech analysis. The MIT Press, 1952.

JAKOBSON, R.; HALLE, M. Fundamentals of Language. The Hague: Mouton, 1956.

KEATING, P. Universal phonetics and the organization of grammars. In: FROMKIN, V. (ed.). Phonetic Linguistics: essays in honor of Peter Ladefoged. New York: Academic Press, 1985. p. 115-132.

LOCKETT, Landon. Review of Gramática Construtural da Língua Portuguesa by Eurico Back; Geraldo Mattos. Hispania, v. 57, n. 2, p. 392-393, May 1974. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/339869>, Acesso em: 21 jul 2025.

MATTOSO CAMARA JR., J. Estrutura da Língua Portuguesa. Petrópolis: Vozes, 1970.

NARO, A. J. (Org.). Tendências Atuais da Lingüística e da Filologia no Brasil. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.

OLIVEIRA, K. G. S. Teses e dissertações brasileiras em Fonética e Fonologia (1949-2000). Bancos de dados do CEDOCH. São Paulo: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 2022. Disponível em: https://cedoch.fflch.usp.br/teses-e-dissertacoes-brasileiras-em-fonetica-e-fonologia-1949-2000. Acesso em: 03 out. 2024.

ROTHE-NEVES, R.; REIS, C. M. Uma bibliografia da nasalidade vocálica no português. Letras de Hoje, v. 47, n. 3, p. 299-305, 2012. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/fale/article/view/11861. Acesso em: 03 out. 2024.

SEARA, Izabel C. Estudo acústico-perceptual da nasalidade das vogais do português brasileiro. 2000. 270fls. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000.

SWIGGERS, P. Modelos, métodos y problemas en la historiografía de la linguística. In: CORRALES ZUMBADO, C. et al. (ed.). Nuevas aportaciones a la historiografia lingüística. Actas del IV Congresso Internacional de la SEHL, v. 1. Madrid: Arco/Libros, 2004. p. 113-146.

SWIGGERS, P. História e Historiografia da Linguística: status, modelos e classificações. Eutomia, v. 2, n. 3, p. 1-17, 2010.

SWIGGERS, P. Linguistic historiography: object, methodology, modelization. Todas as Letras, v. 1, n. 14, p. 38-53, 2012.

SWIGGERS, P. A historiografia da linguística: objeto, objetivos, organização. Confluência. Revista do Instituto de Língua Portuguesa, n. 44, p. 39-59, 2013.

SWIGGERS, P. Directions for linguistic historiography. Cadernos de historiografia linguística do CEDOCH, v. 1, p. 8-17, 2015.

VANDRENSEN, P. A linguística no Brasil. 2001. Disponível em: http://www.comciencia.br/reportagens/linguagem/ling15.htm. Acesso em: 27 dez. 2024.

Downloads

Publicado

19-08-2025

Como Citar

Nishida, G. (2025). Reflexões iniciais sobre a Fonologia na Gramática Construtural: Initial reflections on phonology in Constructural Grammar. Revista Do GEL, 21(3), 280–295. https://doi.org/10.21165/gel.v21i3.3791

Edição

Seção

Edição Temática