Reflections on a discourse-cartographic basis regarding statements about the BNCC-EM
DOI:
https://doi.org/10.21165/gel.v22i1.3973Keywords:
BNCC-EM, Discourse Analysis, Global Semantics, Standarlized EducationAbstract
This article, which aims to share the results of the author's doctoral research, analyzes the discursive disputes surrounding the Base Nacional Comum Curricular do Ensino Médio (BNCC-EM) from a theoretical-methodological perspective grounded in discourse analysis and Maingueneau's global semantics. The cartographic research examines the statements of privatist segments – Movimento pela Base, Todos Pela Educação, and Fundação Lemann – that played central roles in the development and implementation of the BNCC-EM, contrasting them with voices of counter-conduct. The privatist segments are analyzed regarding their linguistic-discursive strategies, such as deontic modalizers, silences, and the overvaluation of foreign experiences, which support the proposal of a standardized education aligned with corporate interests. Conversely, the counter-conduct discourses are explored as ethical-political resistances that deconstruct the self-proclaimed truths of privatist agents, highlighting the limitations and impacts of a homogeneous educational policy on the diversity of the Brazilian context. The study reveals how discourses mobilize devices of power and governability to naturalize the BNCC-EM while concealing underlying political and social tensions. The research offers a critical reflection on the relationship between language, power, and governance in educational policies, contributing to the debate on the challenges of public education in Brazil.
Downloads
References
AVELAR, M.; BALL, S. J. Mapping new philanthropy and the heterarchical state: the Mobilization for the National Learning Standards in Brazil. International Journal of Education Development, Amsterdã, v. 64, p. 65-73, jan. 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.ijedudev.2017.09.007. Acesso em: 23 nov. 2019.
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da Língua Portuguesa. 2. ed. São Paulo: Publifolha, 2008.
BARROS, L. P.; KASTRUP, V. Cartografar é acompanhar processos. In: PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. (org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2010. p. 52-75.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Presidência da República, 1988.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 7 dez. 2021.
BRASIL. Lei n. 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2013. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12796.htm. Acesso em: 20 fev. 2025.
BRASIL. Lei n. 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação – PNE e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2014. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm. Acesso em: 20 fev. 2025.
BRASIL. Lei n. 13.415, de 16 de fevereiro de 2017. Altera as Leis n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20 de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei n. 5.452, de 1 de maio de 1943, e o Decreto-Lei n. 236, de 28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei n. 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Brasília, DF: Presidência da República, 2017. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/l13415.htm. Acesso em: 20 fev. 2025.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018.
BRUM, E. Bolsonaro e a autoverdade. Madri: El País, 2018. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2018/07/16/politica/1531751001_113905.html. Acesso em: 19 out. 2021.
COSTA, H. S. O lugar das contracondutas na genealogia foucaultiana do governo. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, Brasília, v. 7, n. 1, p. 61-78, abr. 2019. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/20767. Acesso em: 8 jul. 2020.
DAHER, D. C.; SANT’ANNA, V. L. A. O que se pensa e o que se diz com o que se faz e o que se é: reflexões sobre linguagem, trabalho, ética e pesquisa. In: DEUSDARÁ, B.; PESSOA, F. (org.). Discurso e trabalho: reflexões sobre ética. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2021. p. 41-56.
DAHER, D. C.; VARGENS, D. P. M.; GIORGI, M. C. Análise do discurso: conceitos e percursos de pesquisas em linguagem-intervenção. In: ESTEVES, P. M. S.; SILVA, S. D. (org.). Estudos de linguagem: teorias do texto, do discurso e da tradução. Niterói: EDUFF, 2021. p. 129-159.
DEUSDARÁ, B.; ROCHA, D. Análise cartográfica do discurso: temas em construção. Campinas: Mercado de Letras, 2021.
FISCHER, R. M. B. Verdades em suspenso: Foucault e os perigos a enfrentar. In: COSTA, M. V. (org.). Caminhos investigativos II: outros modos de pensar e fazer pesquisa em educação. Rio de Janeiro: DP&A, 2007. p. 49-70.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015.
FOUCAULT, M. Segurança, território, população: curso dado no Collège de France (1977-1978). São Paulo: Martins Fontes, 2008.
FUNDAÇÃO LEMANN (FL). Debater a BNCC do Ensino Médio é uma oportunidade de mudança. São Paulo: FL, 2018a. Disponível em: https://fundacaolemann.org.br/noticias/debater-a-bncc-do-ensino-medio-e-uma-oportunidade-de-mudanca. Acesso em: 20 fev. 2025.
FUNDAÇÃO LEMANN (FL). Jovens participam de audiências da BNCC do Ensino Médio. São Paulo: FL, 2018b. Disponível em: https://fundacaolemann.org.br/noticias/jovens-participam-de-audiencias-da-bncc-do-ensino-medio. Acesso em: 20 fev. 2025.
FUNDAÇÃO LEMANN (FL). BNCC do Ensino Médio: 5 razões para continuar colaborando. São Paulo: FL, 2018c. Disponível em: https://fundacaolemann.org.br/noticias/bncc-do-ensino-medio-5-razoes-para-continuar-colaborando. Acesso em: 20 fev. 2025.
MAINGUENEAU, D. Análise de textos de comunicação. São Paulo: Cortez, 2011.
MAINGUENEAU, D. Gênese dos discursos. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília, DF: MEC, 2013.
MOVIMENTO PELA BASE (MPB). Documento conceito: necessidade e construção de uma Base Nacional Comum. São Paulo: MPB, 2015.
MOVIMENTO PELA BASE (MPB). Quem somos. São Paulo: MPB, 2021. Disponível em: http://movimentopelabase.org.br/quem-somos/. Acesso em: 1 dez. 2021.
PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. Apresentação. In: PASSOS, E.; KASTRUP, V.; ESCÓSSIA, L. (org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2010. p. 7-16.
ROCHA, D. A autocrítica como desafio ético-político de resistência no contemporâneo. Letras & Letras, Uberlândia, v. 36, n. 1, p. 237-260, jun. 2020. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/letraseletras/article/view/50466/29234. Acesso em: 14 fev. 2025.
SOUZA, A. M. R. Base Nacional Comum para quê/quem?: uma cartografia de conflitos discursivos na produção de um currículo oficial. 2019. 361 f. Tese (Doutorado em Estudos da Linguagem) – Instituto de Letras, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019. Disponível em: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11599. Acesso em: 14 fev. 2025.
SOUZA-E-SILVA, M. C.; ROCHA, D. Resenha de “Gênese dos discursos”, de Dominique Maingueneau. ReVEL, Porto Alegre, v. 7, n. 13, p. 1-25, jun. 2009. Disponível em: http://www.revel.inf.br/files/resenhas/resenha.pdf. Acesso em: 16 maio 2019.
TARLAU, R.; MOELLER, K. O consenso por filantropia: como uma fundação privada estabeleceu a BNCC no Brasil. Currículo sem Fronteiras, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 553-603, maio/ago. 2020. Disponível em: https://doi.org/10.35786/1645-1384.v20.n2.11. Acesso em: 14 fev. 2025.
TODOS PELA EDUCAÇÃO (TPE). SAEB 2017: o que diz a última avaliação de aprendizagem do país. São Paulo: TPE, 2018a. Disponível em: https://todospelaeducacao.org.br/noticias/saeb-2017-o-que-diz-a-ultima-avaliacao-sobre-a-educacao-do-pais/. Acesso em: 20 fev. 2025.
TODOS PELA EDUCAÇÃO (TPE). IDEB 2017: o que podemos aprender, mesmo (quase) sem novidades. São Paulo: TPE, 2018b. Disponível em: https://todospelaeducacao.org.br/noticias/ideb-2017-o-que-podemos-aprender-mesmo-quase-sem-novidades/. Acesso em: 20 fev. 2025.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2025 Revista do GEL

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.
A REVISTA DO GEL não cobra taxa de submissão ou de editoração de artigos (articles processing charges – APC).
Os critérios gerais de direitos autorais da REVISTA DO GEL estão dispostos no termo de direitos autorais que cada autor aceita ao submeter seu trabalho no periódico. Como regra geral o periódico utiliza as regras CC BY-NC da Creative Commons (regra disponível em: https://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/legalcode)
