PÓS-MODIFICADORES DE SUBSTANTIVOS: A DISTINÇÃO ENTRE COMPLEMENTO NOMINAL E ADJUNTO ADNOMINAL PREPOSICIONADO

Autores

  • Anya Karina Campos Universidade Federal de Minas Gerais
  • Adriana Maria Tenuta Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

complemento nominal, adjunto adnominal, pós-modificador, corpora, língua em uso

Resumo

Este artigo discute a relevância da separação dos pós-modificadores de substantivos em dois grupos distintos: adjuntos adnominais e complementos nominais, que é tradicionalmente feita pelas gramáticas normativas. Ele traz os resultados de uma pesquisa que utilizou dados de um corpus da língua em uso e mostrou que as características listadas pelas gramáticas para diferenciar esses dois tipos de unidades não são identificadas da mesma forma nos dados. Os resultados da pesquisa aqui apresentados indicam que o caminho mais apropriado para a referência a esses elementos oracionais é tratá-los, unificadamente, por pós-modificadores de núcleo substantivo, uma vez que os traços supostamente distintivos dos dois termos da oração não são levados em conta, ou não são acionados, pelos usuários da língua, ao fazerem o processamento dos sintagmas preposicionais que constituem esses pós-modificadores.

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Biografia do Autor

Anya Karina Campos, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestre e doutoranda em Linguística Teórica e Descritiva pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Grais

Adriana Maria Tenuta, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduada em Português e Inglês (1984), mestrado em Linguística (1992), e doutorado em Estudos Linguísticos (2005), pela UFMG. Professora da FALE/UFMG desde 1994 e atua no Programa de Pós-graduação em Estudos Linguísticos (Poslin).

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Publicado

25-07-2014

Como Citar

Campos, A. K., & Tenuta, A. M. (2014). PÓS-MODIFICADORES DE SUBSTANTIVOS: A DISTINÇÃO ENTRE COMPLEMENTO NOMINAL E ADJUNTO ADNOMINAL PREPOSICIONADO. Revista Do GEL, 11(1), 110–141. Recuperado de https://revistas.gel.org.br/rg/article/view/195

Edição

Seção

Artigos