POLISSEMIA CONSTRUCIONAL E CONVENCIONALIZAÇÃO: O CASO DA CONSTRUÇÃO DITRANSITIVA

Autores/as

  • Maria Angélica Furtado da Cunha UFRN

Palabras clave:

Construção ditransitiva. Polissemia. Convencionalização. Linguística Funcional.

Resumen

Este trabalho investiga a polissemia da construção ditransitiva com base nos pressupostos teórico-metodológicos da linguística funcional centrada no uso, que concebe a gramática como produto da estruturação de aspectos sócio-comunicativos e cognitivos da linguagem. Ancorada sobretudo em Goldberg (1995), Traugott (2008) e Bybee (2010), assumo que a construção ditransitiva resulta da convencionalização de um evento de transferência cujo sentido central é “agente faz com que o recipiente receba o paciente”. Com base nesse sentido, o falante estende o uso do padrão estrutural S V OD SPrep para outros tipos de evento que se afastam do significado associado a verbos de transferência. Os dados empíricos analisados provêm do Corpus Discurso & Gramática – a língua falada e escrita na cidade do Natal (FURTADO DA CUNHA, 1998), do Rio de Janeiro (VOTRE; OLIVEIRA, 1998a) e de Niterói (VOTRE; OLIVEIRA, 1998b). Foram examinados dois padrões discursivos: narrativas e relatos de procedimento, nas modalidades falada e escrita, produzidos por estudantes do terceiro ano do ensino médio e estudantes universitários do último semestre.

 

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Publicado

2013-12-19

Cómo citar

Cunha, M. A. F. da. (2013). POLISSEMIA CONSTRUCIONAL E CONVENCIONALIZAÇÃO: O CASO DA CONSTRUÇÃO DITRANSITIVA. Revista Do GEL, 10(2), 77–99. Recuperado a partir de https://revistas.gel.org.br/rg/article/view/22