Ler imagens no tempo e no espaço: excedente de visão na escrita de currículos

Reading images in time and space: a surplus of vision in cv writing

Autores/as

  • Fabrício José da Silva Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0001-7422-8989
  • Rosângela Rodrigues Borges Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Alfenas, Minas Gerais, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.21165/gel.v21i1.3712

Palabras clave:

Relações dialógicas. Currículo. Escrita. Gêneros do discurso.

Resumen

Neste artigo, tem-se por objetivo a busca e a análise de como o escrevente, na composição do gênero do discurso currículo, dialoga com (i) a voz social da instituição/empresa, (ii) a equipe profissional e (iii) o contratante, valendo-se das noções de alteridade, exotopia, excedente de visão e cronotopo do endereçamento, de maneira a desvelar imagens de si e do outro, provocando naquele a sensação de estar vendo imagens desejadas de si. Para tanto, os modelos de currículo que constituem nosso corpus de análise foram selecionados, organizados e recortados, tendo como ponto de vista metodológico o paradigma indiciário e o excedente de visão na instância do olhar do pesquisador para a análise dos dados singulares. Como base teórico-metodológica, tem-se a perspectiva dialógica da linguagem, advinda do Círculo de Bakhtin, considerando-se a correlação entre exotopia, alteridade, excedência de visão, cronotopo(s) e cronotopo do endereçamento (Borges, 2017). Os resultados apontam que o candidato refrata a si e ao outro em seu percurso pela escrita do gênero currículo, desvelando imagens e construindo pontos de encontro que se configuram o cronotopo do endereçamento.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ALVES, M. C. O cronotopo da sala de aula e os gêneros discursivos. Signótica, Goiânia, v. 24, n. 2, p. 305-322, jul./dez. 2012.

BAKHTIN, M. M.Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2011.

BAKHTIN, M. O autor e a personagem na atividade estética. In: BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 5. ed. rev. Tradução Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

BAKHTIN, M. Questões de Literatura e Estética: a teoria do romance. 16. ed. São Paulo: Hucitec, 2014.

BARBOSA, E. A. O narrador em Mikhail Bakhtin. In: BRANDÃO, L. A. (org.). Respostas a Bakhtin. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2012.

BEMONG, N.; BORGHART, P.; DOBBELEER, M.; DEMOEN, K.; TEMMERMAN,K.; KEUNEN, B. (org.). Bakhtin e o cronotopo: reflexões, aplicações, perspectivas/ Nele Bemong et al.; tradução Ozíris Borges Filho et al. 1. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.

BORGES, R. R. Escrita de professores em formação inicial: o papel do excedente de visão. 2017. 269 f. Tese (Doutorado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.

BORGHART, P.; DOBBELEER, M.; DEMOEN, K.; TEMMERMAN, K.; KEUNEN, B. (org.). Bakhtin e o cronotopo: reflexões, aplicações, perspectivas. Tradução Ozíris Borges Filho et al. 1. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.

CANVA, um kit de criação visual para todo mundo. Disponível em: https://www.canva.com/ Acesso em: 21 jan. 2024.

CARVALHO, M. E. M. Diálogo, consciência e alteridade: notas sobre a teoria do romance de Mikhail Bakhtin. In: BRANDÃO, L. A. (org.). Respostas a Bakhtin. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2012.

CORRÊA, M. L. G. Linguagem & comunicação social: visões da lingüística moderna. São Paulo: Parábola, 2003.

CORRÊA, M. L. G. O modo heterogêneo de constituição da escrita. 1997. 422 f. Tese (Doutorado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1997.

FIORIN, J. L. Introdução ao pensamento de Bakhtin. 2. ed. 1. Reimpressão. São Paulo: Contexto, 2017.

GINZBURG, C. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. Tradução Federico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1989 [1939].

GINZBURG, C. O queijo e os vermes: o cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela Inquisição. Tradução Maria Betânia Amoroso; tradução dos poemas José Paulo Paes; revisão técnica hilário Franco Jr. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

LADIN, J. “Não era morte”: a carreira poética do cronotopo. In: BEMONG, N.; BORGHART, P.; DOBBELEER, M.; DEMOEN, K.; TEMMERMAN, K.; KEUNEN, B. (org.). Bakhtin e o cronotopo: reflexões, aplicações, perspectivas. Tradução Ozíris Borges Filho et al. 1. ed. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.

MACIEL, L. V. C. Para entender os gêneros do discurso. Araraquara: Letraria, 2022.

RODRIGUES, F. W. Uma estética bakhtiniana: o eu no outro e a definição do literário. In: BRANDÃO, L. A. (org.). Respostas a Bakhtin. Belo Horizonte: FALE/UFMG, 2012.

TINEM, N.; BORGES, L. Ginzburg e o paradigma indiciário. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA, 22, 2003, João Pessoa. Anais do XXII Simpósio Nacional de História: História, acontecimento e narrativa. João Pessoa: ANPUH, 2003. Disponível em: https://anpuh.org.br/index.php/documentos/anais/category-items/1-anais-simposios-anpuh/24-snh22. Acesso em: 02 fev. 2024.

Publicado

2024-09-26

Cómo citar

Silva, F. J. da, & Borges , R. R. . (2024). Ler imagens no tempo e no espaço: excedente de visão na escrita de currículos: Reading images in time and space: a surplus of vision in cv writing. Revista Do GEL, 21(1), 269–293. https://doi.org/10.21165/gel.v21i1.3712