A descentralização do sujeito lírico em Micheliny Verunschk

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v48i2.2241

Palavras-chave:

poesia contemporânea, Micheliny Verunschk, subjetividade

Resumo

O presente artigo propõe-se a analisar o poema “Infibulação”, presente em Geografia íntima do deserto (2003), da escritora pernambucana Micheliny Verunschk. A partir da análise do poema, discutimos como se configura a intimidade na poesia de Micheliny, que se manifesta de maneira contrária à configuração presente na tradição, ao voltar-se para o exterior, projetando o sujeito lírico para fora de si (COLLOT, 2013). Nesse sentido, se estabelece a discussão do sujeito lírico descentrado que percorre outros espaços, outros objetos e propõe uma nova forma de estetização que problematiza as noções de subjetividade e de lirismo, mediante um novo olhar à luz de novas teorias. Uma poesia que opta pela exploração da linguagem, do mundo e das coisas e não do sujeito em si.

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Biografia do Autor

Édila de Cássia Souza Santana, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

Doutoranda do programa de pos-graduação em Estudos Literários na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Professora de Literatura Brasileira e portuguesa na UEMS- Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

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Publicado

16-07-2019

Como Citar

Santana, Édila de C. S. (2019). A descentralização do sujeito lírico em Micheliny Verunschk. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 48(2), 1044–1059. https://doi.org/10.21165/el.v48i2.2241

Edição

Seção

Artigos