Diálogos entre enunciação e ensino de língua estrangeira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21165/el.v50i1.2971

Palavras-chave:

Teoria das Operações Predicativas e Enunciativas, verbos frasais, ensino de língua estrangeira, atividade epilinguística, noção.

Resumo

Este trabalho se insere no quadro da Teoria das Operações Predicativas e Enunciativas e visa avaliar a possibilidade de a enunciação contribuir para o ensino de língua estrangeira. Confrontamos duas metodologias de ensino, uma, instrumental, reconhecidamente presente no ensino de línguas que, grosso modo, privilegia o ensino da forma sobre o sentido; e outra, interacional/dialógica, proposta defendida aqui como um caminho a ser aplicado ao ensino por meio da enunciação. Para tanto estudamos os verbos frasais da língua inglesa, que constituem uma questão problemática por serem estruturas absolutamente típicas deste idioma, dotadas de características estranhas a falantes não nativos, o que os tornam um grande desafio didático. Para embasar nossa discussão, levantamos algumas questões acerca das abordagens tradicionais presentes em livros didáticos de língua inglesa, bem como sugerimos a aplicação de práticas enunciativas como forma de reflexão sobre a língua. Para desenvolver nossas análises, empregamos como exemplo uma manchete do jornal The New York Times, ocorrências em dicionários, entre outras fontes. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

João Daniel Passarelli França, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo, Brasil

Doutor em linguística pela Universidade Federal de São Carlos. Professor adjunto na Academia da Força Aérea onde leciona língua inglesa.

Marília Blundi Onofre, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), São Carlos, São Paulo, Brasil

Pós-doutora em linguística pela Universidade Estadual de São Paulo. Professora associada no Departamento de Letras da Universidade Federal de São Carlos.

Referências

BENVENISTE, É. Problemas de Linguística Geral I e II. Campinas: Pontes, 1989.

BIASOTTO-HOLMO, M. Uma abordagem culioliana para o fenômeno da tradução. Cadernos de Tradução, Florianópolis, v. 1, n. 25, p. 177-195, set. 2010. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/article/view/2175-7968.2010v1n25p177. Acesso em: 21 mar. 2017.

BRITISH NATIONAL CORPUS CONSORTIUM. British national corpus: World edition. Oxford: Humanities Unit of Oxford University, 2000.

BRYSON, B. Troublesome words. 3. ed. Londres: Penguin Books, 2002.

CULIOLI, A. Pour une linguistique de l’enonciation: operations et représentations. Paris: Ophrys, 2000.

CULIOLI, A. Pour une linguistique de l’énonciation: formalisation et opérations de repérage. v. 2. Paris: Ophrys, 1999.

CULIOLI, A. Pour une linguistique de l’énonciation. Paris: Ophrys, 1990.

CULIOLI, A. Notes du séminaire de D.E.A. 1983–1984. Paris: Poitiers, 1985.

DUFAYE, L. OFF and ON: Projet de représentation formelle. Cycnos, Nice, v. 23, n. 1, 2006.

FRANCKEL, J.-J.; PAILLARD, D. Aspectos da teoria de Antoine Culioli. In: Romero, M.; Biasotto-Holmo, M. (org.). Linguagem e enunciação: representação, referenciação e regulação. São Paulo: Contexto, 2011.

FUERBRINGER, J. Action on budget put off by G.O.P.; Dole hunts votes. The New York Times, New York, 1982. Disponível em: https://www.nytimes.com/1985/04/26/us/action-on-budget-put-off-by-gop-dole-hunts-votes.html. Acesso em: 26 abr. 2017.

FUCHS, C. La Paraphrase. Paris: PUF, 1982.

GO ON. In: CAMBRIDGE Dictionary. Cambridge: Cambridge University Press, 1999. Disponível em: https://dictionary.cambridge.org/pt/dicionario/ingles/go-on. Acesso em: 13 mar. 2020.

LATHAM-KOENIG, C.; OXENDEN, C. American English File. Coleção. 2nd edition. Practice. Oxford: Oxford University Press, 2014.

MARCHENA, E.; HULSTJIN, J. H. Avoidance: grammatical or semantic causes? Studies in Second Language Acquisition, Cambridge, v. 11, n. 3, p. 241-255, dez. 1989.

PASSARELLI, J. D. F. O ensino de língua estrangeira sob o viés da teoria das operações predicativas e enunciativas: um estudo dos verbos frasais do inglês. 2020. Tese (Doutorado em Linguística) – Centro de Educação e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 2020.

REZENDE, L. M. Atividade epilinguística e o ensino de língua portuguesa. Revista do GEL, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 95-108, 2008.

RICHARDS, J. C.; HULL, J.; PROCTOR, S. Interchange. Coleção. 5th edition. Cambridge: Cambridge University Press, 2017.

SMABY, R. M. The Structure in Paraphrase Grammars. In: SMABY, R. M. Paraphrase Grammars. Formal Linguistic Series. v. 2. Springer: Dordrecht, 1971.

SMITH, L. P. English idioms: Society for pure English tract XII. Oxford: Clarendon Press, 1923.

TYLER, S. Dream on. 1972. Música. Intérprete: Aerosmith. In: DREAM ON. Boston: Columbia, 1972. 1 disco vinil, faixa única (5 min).

VOGÜÉ, S. de. Culioli após Benveniste: enunciação, linguagem, integração. In: VOGÜÉ, S. de; FRANCKEL, J.-J.; PAILLARD, D. Linguagem e Enunciação – representação, referenciação e regulação. São Paulo: Contexto. 2011.

WILD, C. Attitudes towards English usage in the late modern period: the case of phrasal verbs. 2010. Tese (Pós-doutorado em Filosofia) – Faculdade de Artes, Escola de Estudos Críticos, Universidade de Glasgow, Reino Unido, 2010.

WILLIAMS, P. HAPPY. Música. In: GIRL. Columbia, 2013.

Downloads

Publicado

29-04-2021

Como Citar

Passarelli França, J. D., & Onofre, M. B. (2021). Diálogos entre enunciação e ensino de língua estrangeira. Estudos Linguísticos (São Paulo. 1978), 50(1), 337–356. https://doi.org/10.21165/el.v50i1.2971

Edição

Seção

Artigos